Andam perguntando a razão do meu sumiço e explico: tô mudando de casa. E antes de desmontar também a parafernália eletrônica, resolvi dar um pulinho aqui e contar como andam as coisas pro meu lado. Tá cascudo, minha gente!... Que inferno é organizar uma mudança!
Confesso que nunca fui uma dona de casa exemplar. O preço disso é ter que dar rumo pra um montão de coisas que fui deixando pra depois. Minha mãe morreu e na correria pra esvaziar a casa em que morava, boa parte das coisas que eram dela vieram pra cá. Deixa quieto, depois eu vejo isso... Minha sogra, que morava bem em frente à minha casa, se mudou provisoriamente para a casa do outro filho, enquanto aguardava a compra do novo apartamento. Pra onde mandou as coisas dela? É... Pra cá, néééé?... Tudo bem, depois eu vejo isso... Papelada juntando, coisas novas se misturando às velhas, corre pra cá, corre pra lá e... Ai... Depois eu vejo isso!... Só que o maldito depois chegou! E é AGORA!
Cada armário que olho me dá agonia. Cada gaveta que abro parece uma cornucópia, nunca mais acaba de sair coisa. Comecei aplicadíssima, separando tudo direitinho, me livrando de uma porção de coisas que já não serviam mais. Pincéis atômicos e fitas adesivas de cores diferentes pra identificar as caixas, tudo devidamente setorizado, uma belezinha de olhar. Mas agora, depois de tanto sobre e desce, abre e fecha, tira daqui e põe ali, NUNGUENTOMAAAAAAIS!!!!! Minha pele tá pinicando! Meu cabelo ficou duro! E, grau extremo do flagelo feminino, MINHA UNHA QUEBROOOOOU!!!!! Quer saber? Vou encaixotar tudo sem escolher mais coisa nenhuma.
Não fosse só pela trabalheira danada, tem ainda o exercício do desapego. Dúvida cruel: me livro ou não das cartinhas que meu filho - agora com 25 anos - mandou ao papai-noel? Pô, olha só se dá coragem (principalmente considerando a objetividade das cartinhas, como esta, por exemplo, onde o pequeno traste não teve a manha nem de fazer de conta que foi bonzinho):
Ah, não tô nem aí... A tralhinha sentimental vai também, pronto e acabou.
Então, é isso... Pelos próximos dias continuarei nessa desgraceira que é desmontar tudo aqui pra ter que montar de novo ali, então vai demorar um tantinho pra que eu venha com novidades. Prometo resistir bravamente e sobreviver, apesar de já ter levado três tombaços na Suki, minha rottweiler superlegal, que insiste em relaxar seu corpinho de 50 quilos onde está escuro e bem no meio do caminho. Hoje mesmo o cara que entrega pizza foi um gentleman ao segurar a risada quando cheguei ao portão rolando depois de topar com a maleta canina.
Olha, vou contar um negocinho, não tá nada fácil. E como se não fosse suficiente ficar toda estrupiada de tanto encaixotar coisas e levar tombo, ainda tô com o coração na goela. Acredita que pra espairecer meu japa resolveu matar pernilongo à base de raquetada elétrica bem aqui do meu ladinho? Ziiiiiiip... Bbrrzzzzz!... Caraca, que susto! E que nooooojo! Concentração zero, não dá não.
Olha, vou contar um negocinho, não tá nada fácil. E como se não fosse suficiente ficar toda estrupiada de tanto encaixotar coisas e levar tombo, ainda tô com o coração na goela. Acredita que pra espairecer meu japa resolveu matar pernilongo à base de raquetada elétrica bem aqui do meu ladinho? Ziiiiiiip... Bbrrzzzzz!... Caraca, que susto! E que nooooojo! Concentração zero, não dá não.
Bom, então logo logo tô de volta, com um post novinho, feito no meu novo lar-doce-lar. Não desistam de mim, tá?