sexta-feira, 29 de abril de 2011

Xô uruca!


Que idiotice madrugar para acompanhar o casamento do Príncipe William, não é? Não acho não. Assisti o casamento de cabo a rabo e simplesmente a!d!o!r!e!i!!! Mas que raio de mania o povo tem de achar que só vale a pena absorver o que é cult ou ficar de olho em desgraça, de considerar que só notícia ruim tem importância. Oras, por que a gente não pode curtir também o que é bonito e apreciar um conto de fadas de verdade? Não vejo demérito algum nisso. E pouco me importa se ali tem armação, conveniência ou qualquer senãozinho, porque achei o máximo. Desejo, sinceramente, que o casal seja feliz pra valer. Que se danem os chatos.

Aliás, de gente ranheta estou até a tampa. Tenho um amigo  (amigo?!?)  que me liga de vez em nunca, mas sempre com o mesmo papo:

- E aí, sumida?

- Oi!!!

- Hum... Se eu não ligo você nem lembra que existo...

- Ah, ando numa correria daquelas. E aí, tudo bem com você?

- Ahnn... Mais ou menos... Podia estar melhor... Mas você sumiu mesmo, né?

- Pois é, obra da casa nova, faculdade, mil coisas acontecendo...

- Ahnnn... É bom ser rica, né?... Eu nem consigo pagar meu aluguel...

Cacetowiski, só falando russo mesmo! Olha, sou solidária com os problemas alheios, se puder até ajudo, mas peraí um bocadinho... Que saco isso! O que dá direito a uma criatura de achar que o sucesso do outro merece ser ofuscado por seu próprio fracasso? Estar numa situação mais confortável nem sempre significa ter nascido com o fiofó virado pra lua. Na cabeça dos resmungões não passa nem de longe que as pessoas batalham (bastantão) por suas coisas, se privando, muitas vezes, de momentos de diversão pra isso. Pode apostar aí que até mesmo a belezura do Príncipe William encara maus pedaços pra dar conta da realeza. 

Quem quer conseguir algo e não se atreve a lutar, enganando-se com a ideia de que trata-se de um objetivo inatingível, é um pessimista daqueles, do qual é melhor ficar longe. Porque, francamente, acho que energia negativa é contagiosa, sabe?

Sei perfeitamente que o bababo pode ser complicado, que às vezes a vida prega umas peças duras de engolir, mas acho que o pior que se faz diante disso é reclamar. Autopiedade é lamentável. Esperar com o rabicó grudado na cadeira por soluções que caiam do céu também.

Enquanto desfiam a ladainha de sempre, os pessimistas perdem o tempo precioso de estar em busca de algo melhor. Acho que em momentos difíceis a gente precisa ser prático e bem realista. Isso nada tem a ver com aquele sermãozinho triste de que há tanta gente com problemas ainda mais graves, porque sou de opinião que cada um é que sabe onde dói o próprio calo. Sufoco é sufoco e para quem tem que enfrentá-lo sempre é ruim, pronto e acabou. Mas, definitivamente, não é com chororô que se resolve perrengue.


A grande virada só acontece mesmo quando a gente se dá conta de que é capaz – como TODO MUNDO É – de se recusar a aceitar passivamente o que é ruim e também quando para de idealizar o sucesso tomando como base a vida alheia. Por mais que doa, o jeito é se sacudir, ir à luta e se defender com o que estiver ao alcance no momento.

Até porque, não querendo pegar carona na onda do pessimismo, é bom não se iludir: o que está ruim hoje, na inércia, poderá ficar beeeeem pior amanhã. Ma nem!

E chega de uruca, que agora tô ocupadíssima xeretando por aí todo o bafão que foi o casamento real. Se bobear, compro até a Caras pra ficar totalmente por dentro. Então, dá licença e té loguinho!  

sábado, 2 de abril de 2011

Que enrascada!


Bom... Deixa ver aqui como é que falo sobre esse assunto... Hummmmm...

Ó, é assim: como todo mundo que me acompanha sabe, logo estarei me mudando para a casa nova. Não se trata de uma mansão, mas a casa ficou bem legal, muito confortável. E a gente (eu e o japa), em conjunto com o arquiteto, cuidou dos mínimos detalhes, afinal, depois de tanto tempo  - 13 anos para ficar pronta, entre paradas e retomadas da obra -  tinha que ficar bem bacaninha.

Optamos por um estilo moderno, com linhas retas, concreto aparente numa porção de lugares, inclusive em ambientes internos, e vidros (bem grandes) para todo lado. Com isso, a grana  - que já não era tanta -  tá no osso, o que empurra a decoração para depois.

Prevendo a possível dificuldade para comprar todos os itens decorativos que gostaríamos de ter, decidimos que é melhor mudar levando só o que é absolutamente indispensável, deixando para trás o que pretendemos trocar. Não queremos encher a casa nova de velharias, esperamos muito por ela. Com o tempo e mais fôlego, vamos compondo a decoração do jeitinho que imaginamos.

É inevitável, no entanto, que as pessoas com as quais convivemos queiram nos presentear. Já ganhamos uma escultura de madeira belíssima (de parede, super arrojada), entalhada por um tio que é artista plástico, por exemplo. É claro que ganhar presentes, independentemente do valor, é sempre uma delícia. Trata-se de uma imensa demonstração de carinho, pela qual somos bastante gratos. Só que... Bem... Nem todo mundo que quer participar tem... Éééé... Aiiii... bom gosto.

Além de prometidas toneladas de tapetinhos de diversos tipos, que não combinam nadica com o ambiente e que já estão sendo confeccionadas exaustivamente há anos, ontem uma amiga que vende produtos por catálogo me entregou uma revistinha:

- Escolhe aí, quero dar um presente pra sua casa nova. Peça o que quiser.

A cada página virada, meu olho arregalava, quase saindo da órbita. Não que eu seja requintada, muitíssimo pelo contrário, até me considero uma jacu, mas é que coisas tipo...

...assim (capa para galão de água, quase viva – Jisuis!!! ):















...assim (cortina à la Carmem Miranda para box, de prástico):















...e assim (capa de sofá creiaemdeuspai. Juro que prefiro ver o sofá sapecado de furos ):















... tornam a escolha praticamente impossível, não é não?!?

Tentei, diplomaticamente, cair fora da cilada:

- Ah, vai gastar com isso? Imagina, não precisa!

- Faço questão, diz aí do que gostou mais.

MAYDAY! MAYDAY!!!

No final, optei por um jogo de panos de prato, porque dá para engavetar. Não satisfeita, ela mesma escolheu mais uma coisa: uma “bela” capa para botijão de gás (!!!).

Putz, que sufoco! Fico aqui só pensando o que é que vou fazer quando receber a visita de quem me presenteia com coisinhas de gosto duvidoso. Obviamente a pessoa vai querer ver o presente de grego em uso, né? Preciso bolar umas desculpas bem convincentes desde já. Socorro!!!