quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Dando um tempo geral...


Acho que tem hora pra tudo nessa vida. Hora de começar, hora de parar, hora de retomar as coisas se a gente achar que deve...

Já há uns meses venho pensando bastante sobre isso e acho que chegou o momento de dar um tempo geral na Internet. Tem um montão de coisas exigindo minha dedicação total, mas que acabo deixando de lado. Só que agora não dá mais pra empurrar com a barriga.

É mudança pra casa nova, faculdade, cuidados comigo mesma, enfim, uma porção de coisas que quero (e preciso) fazer, mas acabo não encontrando um tempinho bacana pra elas.

Chegou a hora de fechar os olhos e a boca para as minhas loucas divagações, arrancar esses bobes da cabeça, sossegar a mente um bocadinho e me reciclar. Aqui no blog andei passeando pelas postagens que fiz ao longo de todos esses anos e revi muita coisa que gostei bastante de escrever, além de abordagens que hoje parecem não ter mais muito sentido pra mim. Até por isso é legal reformular tudo. Novas ideias, um novo jeito de me expressar, sei lá... Vamos ver o que acontece.

Isso não é um adeus. Este espaço é muito importante pra mim, então não vou abandoná-lo. De repente, me dá na louca, venho e escrevo antes até de completar a reciclagem que estou querendo, vai saber...

Mas, por enquanto, é isso. Fico por aqui, agradecendo demais pela atenção que recebi até agora, por todos os que resolveram me acompanhar mesmo sem ter deixado comentários e, muito especialmente, aos que estiveram comigo desde sempre, rindo, chorando, me apoiando, enfim, sempre ao meu lado. Não vou citar nomes, mas os comentários nas postagens os revelam. Pessoas incríveis, que pretendo continuar seguindo também. 

Nesse período de pausa responderei a todos os e-mails que quiserem me enviar, ok? Endereço no contato aí ao lado.

Um beijo enorme pra todos e até outra hora...

E não se esqueçam de mim, fafavô!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Toda mulher tem o homem que merece



Primeiro considere o título do post de maneira mais abrangente. Na verdade acho que toda pessoa tem a companhia que merece. Mas, provavelmente por influências diversas (formação, mídia, aspectos culturais em geral), sem dúvida a mulher é quem mais embarca em canoa furada.

Você já deve ter ouvido um montão de vezes: "Ih, mas fulana tem dedo podre pra homem!... Se mete com um pior que o outro!". Não acredito nesse tal "dedo podre" não. Acredito em péssimas escolhas ou encaminhamentos desastrosos nos relacionamentos.

Pra começar tem mulher que entra em roubada assim, de graça. Ao se envolver com um homem já comprometido, por exemplo, é óbvio que não pode esperar grande coisa da parte dele. Nem falo sobre a canalhice de sujeito maluco por um "fast-fuck" básico fora de casa; o problema é de ordem prática mesmo, neguinho é um só, como vai dar conta satisfatoriamente de duas ou mais mulheres? Olha que mulher é bicho complicado, hein? Uma só já é dose e dá um trabaaaalho!

Tem também a "fadinha", que acredita piamente na habilidade de mudar um traste. E enquanto o "plim" salvador da varinha não funciona, arranja justificativa pra tudo que é desqualificação do infeliz:



. Vagabundo: "Ah, coitado!... Todo santo dia, depois das duas, sai pra procurar emprego e não acha nada, acredita?!"

. Bebum: "Ele é ótimo. Só me enfia a mão na cara quando bebe... Fora isso, não tenho queixa."

. Galinha: "Ai, sabe como é homem, né?... Essas piranhas ficam dando mole!"

. Pão-duro: "Nunca ganhei presente de aniversário. É que ele é distraído pra essas coisas, sabe? Também, com tanta preocupação na cabeça!..."


Enfim, há mulheres que alimentam ilusões uma vida inteira. Não percebem que sucesso nos relacionamentos depende única e exclusivamente de ATITUDE. Também, não é pra menos. Além da inquestionável cultura machista que dita regras ainda hoje, há também outros fatores que contribuem significativamente para os péssimos rumos dados às relações.

A mídia, por exemplo, tem grande parcela de culpa nisso. "Enlouqueça seu homem com tal perfume", garante uma matéria. "Atraia seu gato com uma lingerie sensacional", diz outra. Mensagens que contribuem para uma das mais perversas carências: a aprovação do outro.



Entre ter dignidade e ter um relacionamento que machuca o que você escolhe?

Muitas vezes a mulher não se dá conta de que, ao se desdobrar para agradar ilimitadamente um homem, está é se desmerecendo e acabando com as chances de construir uma relação bacana. Cede aqui, cede ali, sempre morrendo de medo que o sugador de alma a deixe na mão.

O pior é que isso se processa mais ou menos assim:

NA CABEÇA DELA:
Faço o que posso e o que não posso para agradar esse homem.

NA CABEÇA DELE:
Ela faz o que eu quiser. Está desesperada.

É legal encarar as próprias dificuldades, até aquelas que a gente se envergonha de admitir pra si mesma. TODA mulher já se sentiu constrangida por parecer carente demais. TODA mulher já teve um homem a seus pés, que sumiu no instante em que ela cedeu. TODA mulher sabe o que é se sentir desvalorizada. 

Não sou diferente de ninguém e também já me meti em algumas frias. Mas se tem uma coisa da qual posso me orgulhar, é que sempre soube sair delas a tempo de não me estrepar irremediavelmente. Nunca abri mão de amigos por causa de um relacionamento afetivo. Também jamais coloquei em segundo plano minha carreira, nem as coisas que gosto de fazer. Não fiz, não faço e com a boca cheiona, afirmo que jamais farei concessões que me violentem só pra manter um homem ao meu lado. Não tolero, em hipótese alguma, humilhação e desvalorização. Não suporto desrespeito só pra não ficar sem a companhia de alguém que evidentemente não me merece se não me trata com consideração.

O primeiro presente que ganhei do japa veio dentro da sacolinha plástica da loja onde foi comprado. Assim, sem pacote bonitinho, cartão, nada. Foi a única vez que isso aconteceu, porque nesse instante o informei de que não tinha obrigação de me presentear, mas que quando o fizesse, caprichasse mais. O valor da coisa não importa, o que interessa é como a coisa chega, a dedicação que foi dispensada, não é não?

Não existe fórmula mágica, nem mulher melhor ou pior. Pode ser feia ou bonita, gorda ou magra, rica ou pobre, inteligentíssima ou uma anta, tanto faz. Fato é que quem se comporta como um capacho, toma pisada a vida inteira, não tem outro jeito. 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

VINGANÇA... Vale a pena?



Desde que o mundo é mundo, dentre tantas inquietações da alma humana, uma é, sem sombra de dúvida, peculiar a qualquer pessoa: o desejo de vingança. Em maior ou menor grau, concretizando ou não, acho que não existe cristão que já não tenha sido remoído por isso. Pelos motivos mais diversos possíveis, acho que em algum momento da vida todo mundo já se sentiu impregnado de fúria diante de algo que considerou injusto, principalmente pela rejeição. Ah, essa é doída!... Haja sangue de barata para aceitar passivamente a humilhação do abandono. 

Sei bem como é. A gente nem dorme direito, a raiva atormenta, o sangue ferve. Na mente, só a repetição frenética de mil coisas misturadas... Momentos de intenso prazer mesclados por decepções, sinais de traição e pela mortal certeza do fim. Passa-se a adorar o outro pelo avesso...  


Há quem chegue às vias de fato depois de um pé na bunda bem dado. Seja atacando com crueldade o bem mais precioso do parceiro, seja aniquilando sua dignidade  - como no caso da célebre homenagem feita a um tal de Scott Kelly durante o festival de música Big Day Out, realizado em Auckland - Nova Zelândia, em 2004. Na ocasião, um pequeno avião sobrevoou a platéia com uma faixa onde se lia "Scott Kelly has got a small dick" (Scott Kelly tem um pau pequeno). Difícil imaginar humilhação mais cascuda.

Mas, mesmo sabendo o quanto é difícil superar esse sufoco (até porque tudo tem seu tempo certo para acontecer), acho legal tentar olhar a coisa toda de modo mais prático, procurando se livrar dos inevitáveis arrependimentos futuros. Penso que vingança NUNCA vale a pena. Não por ser um sentimento horrendo, que alguns até consideram pecado, mas simplesmente porque é pura perda de tempo. 

Enquanto a pessoa atormentada passa seus dias e noites bolando maneiras de atacar o outro, ele se esbalda por aí, pouco se lixando para a dor da infeliz. Nada, mas N-A-D-A mesmo, tem o poder de mudar o rumo de uma história acabada. É "the end" com ou sem vingança. Ah, mas como é bom o gostinho de vê-lo sofrer também, né?! Uma ilusão, só isso. Porque ele pode até sofrer com as consequências de um ataque, mas não mudará de ideia a respeito de quem o atacou. Se bobear, acaba pegando até nojo. Aí sim, não sobra sequer a mais remota possibilidade de que um dia as coisas possam ser diferentes. 

Se vingar é bater a porta, trancar e engolir a chave (sem direito a Lactopurga para conseguir recuperá-la mais tarde).

Não existe no mundo vingança mais eficiente do que botar a fila para andar e ser feliz novamente. Não é nada fácil, eu sei, mas é único caminho possível para quem gosta de si mesmo (de verdade), se respeita e quer andar para frente.

"Não há maior vingança do que o esquecimento."
(Baltasar Gracián Morales)


Ah, Chico!... O que seria deste meu post sem você?... 

Ilustração: Riba Tavares

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Homem que é HOMEM...



Ontem, ao ver um amigo se matando de rir do susto que a mulher dele tomou ao ficar cara a cara com um rato, me lembrei de uma teoria da minha irmã sobre os homens, que acho muito interessante. Segundo ela, homem que é HOMEM mesmo, assim, todo maiusculão, precisa possuir certas características para ser reconhecido como tal, sob pena de enojar o mulheril caso seja diferente.

Concordo. Pra ser bonzão, de verdade, o homem tem mais é que mostrar serviço. Vamos a alguns requisitos básicos:


MATAR BARATA

Tem que ser com o pé, não tem mais-mais. Nada de pegar vassoura, chinelo ou qualquer outra coisa que atenue seu contato com o bicho. Importante: não pode ter medo, sob hipótese alguma. Nem que o bicho pouse em sua cabeça pode emitir qualquer som ou expressão de espanto. Precisa ser rápido e certeiro, impedindo que a nojenta escape a todo custo. Por isso mesmo, a apresentação do cadáver é comprovação fundamental do sucesso da ação, que será devidamente dada por encerrada apenas se o matador segurar a vítima pela anteninha antes de jogá-la no lixo. E isso vale para todo e qualquer bicho, até mesmo para os ratos, que exigem tiros ou facadas pra sucumbir.


JOGAR FUTEBOL

Não interessa que o homem não goste de futebol, mas tem que saber jogar. Mais que isso: tem que saber TUDO sobre o assunto. Chocolate, pelota, linha, chaleira, tapete, enfim, nada é segredo para o homem antenado nos termos futebolísticos. Classificação de times, nomes de jogadores, regras do jogo, nada pode passar batido. Também pouco importa se a mulher com quem ele vá conversar sobre isso entenda alguma coisa (aliás, são poucas as mulheres que gostam de falar de futebol), porque para ela interessa apenas que ele saiba. Embaixadinhas com duração de três minutos, no mínimo, também são desejáveis. 


DIRIGIR

Nunca, nunca, nunquinha, jamais o homem pode ser braço-duro. Este é um item para o qual não tem perdão. Homem bonzão dirige qualquer coisa, desde carrinho de supermercado até Terex Titan. Baliza deve ser baba, não existe vaga difícil. Tem que colocar o carro de primeira, rapidão e de preferência fazendo uso da marcha ré. Tempestade, neve, furacão, cratera, aclive, declive, nada pode apresentar o menor nível de dificuldade para um homem. Ah, muito importante também: conhecer absolutamente todos os elementos do motor do carro é imprescindível. O carro pifou? Neguinho abre o capô, bate o olho e imediatamente acha o defeito. Não há rebimboca da parafuseta que represente desafio para ele.

E olha que nem precisa fazer isso, porque é só mulher que consegue mesmo:



Aqui estão apenas alguns itens básicos, é claro que há diversos outros com maior grau de complexidade, que também mereceriam atenção, enfim... 

Bom, mas agora dá licença, que vou correr daqui. Serei trucidada com críticas fervorosas. 

Hum... Se bem que, pensando melhor, nem vou me escafeder não. Porque se tem outra coisa importante que homem bonzão precisa fazer e muitíssimo bem, é permitir que a mulher fale o que lhe der na veneta, sem dizer um "a" atravessado.


Ilustração: Pedro Conti

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Perder a beleza e a juventude é bobagem?



Tenho um amigo, que a cada observação que faço a respeito de aparência, diz sem delicadeza alguma: ISSO É BOBAGEM! Sei Acho que não se trata disso, mas sempre que ele desqualifica meus pontos de vista, dá a sensação de que está me avacalhando, como se eu fosse uma imbecil. Ouvi isso ontem, MAIS UMA VEZ, o que me inspirou a escrever sobre o assunto.

É claro que até pela efemeridade da beleza e da juventude não se pode viver preocupado com isso. A gente TEM que aprender a conviver com os próprios limites e com a passagem do tempo, fazer o quê? Mas
entre "ter", "querer" e, ainda por cima, "achar tranquilex" há uma grande diferença.

Não acho que sentir dificuldades para encarar os sinais da idade seja bobagem. É um processo doloroso e complicado, ainda mais quando a gente considera os exigentes - absurdos até - padrões de beleza da atualidade. E é aí que muitas pessoas acabam exagerando na dose, especialmente as mulheres. Botox até no cérebro, silicone pra todo lado, como se fosse possível vencer a gravidade e o relógio biológico. São figuras que chegam a se tornar bizarras, provocando risos e um temporal de críticas. Só que isso, na verdade, não é nada engraçado. Muito pelo contrário, é bem triste, porque mostra um desequilíbrio importante entre as possibilidades e a realidade.

A vaidade é algo muito natural no ser humano. Sentir-se bem consigo mesmo é uma meta, quem não quer ser feliz? Mas não é fácil dar conta dos parâmetros da sociedade, que atualmente impõe uma vaidade excessiva, valor que passou a ter grande importância e determina a aceitação plena do indivíduo. Prova disso é a discriminação que muita gente vem sofrendo para conseguir emprego  - se não estiver minimamente dentro dos padrões, simplesmente não serve, dane-se, que morra de fome.

A verdade é que essa "seleção" sempre existiu, afinal, convivemos a vida toda com uma infeliz dicotomia: a beleza está diretamente relacionada ao bem. Contos infantis com a princesa linda e, por isso mesmo extremamente bondosa, sempre sapecada por alguma baranga, que logicamente é uma maledeta dos infernos. O final desse tipo de história, invariavelmente, é de pular de alegria: a fofa não apenas vence a mocréia, como ainda é recompensada ao encontrar outro lindão-bonzão pra juntar os trapos. Aff! 

Beleza é um conceito estético, que por si só não está atrelado ao envelhecimento (uma obra de arte sempre será bela, mesmo após milênios), mas quando se trata de gente não tem jeito, beleza está SIM ligada à juventude. Já posso até ouvir os discursos politicamente corretos: "o importante é a beleza interior"... Tá, lógico que é. Mas por fora também ajuda e MUITO. "Beleza não importa, um dia acaba"... Pois é, taí a desgraça. Sem contar com o preconceito mascarado pelo elogio: "Nossa, fulana é linda, nem parece que já tem 50 anos!".

Ok, sei que dá para tirar um enorme proveito da experiência que se adquire com a idade, até para aprender a lidar melhor com a parte ruim que ela traz. Mas, por enquanto, não posso fingir indiferença diante da imensa dificuldade que considero  - e vejo que é -  envelhecer e, consequentemente, perder a beleza. O poetinha foi tremendamente cruel, mas, pelo menos, bem mais leal à própria convicção (que se assemelha a de muita gente hipócrita por aí, sem culhão para assumir o que pensa): "As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental". Espero, um dia, conseguir chacoalhar meus ombrinhos, achando que isso é a maior bobagem, MESMO.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Curta e grossa (2)




Faz um tempinho que não apareço por aqui, né? Gripe do capeta, falta de inspiração... Enquanto as coisas não se normalizam, vai aí a reposta a um e-mail que recebi (dentre muitos que chegam, repletos de mimimi):


"Eu fui traída pelo meu namorado e terminei tudo. Agora voltamos, ele fica comigo, mas também está com outra menina. Eu durmo na casa dele, viajamos, mas ele está namorando com a outra. Qual é a dele? A gente só briga, mas eu faço de tudo pra dar certo, eu amo muito ainda. Será que ele está dividido? Ou eu sou uma burra?"


Vamos lá:

1. Qual é a SUA?

2. Bom, sei lá se ele está dividido... Mas, que ele gosta de multiplicar tenho certeza absoluta, porque o CAFA - sim, caixa altíssima, em homenagem à eficiência do sujeito - está adorando ter duas mulheres.

3. Você, burra? Ô, miguinha, magina!... Relaxa aí, vai... Coisinha à tôa, nada que uma boa xícara de chá de alfafa quentinho não resolva. Mas, por via das dúvidas, tome logo uns 20 litros, tá?

Taí. Não se mexe com quem está (ou deveria estar) de cama.