domingo, 29 de junho de 2008

Ser quarentona é ser feliz!

Semanalmente me reúno com amigas com as quais convivo desde a infância. Entre muitas risadas com as experiências vividas, sempre prevalece uma dúvida: por que será que os homens mais jovens têm sido atraídos com freqüência cada vez maior pelas mulheres mais maduras? Para entender isso um pouco melhor, passei a prestar mais atenção em mim mesma e nas mulheres da minha geração.
Confesso que minha passagem para a turma dos "enta" não foi tranqüila. Fiquei assustada com a possibilidade de ter mais de 40 anos e perder a beleza, a energia, a vontade de viver. Era como se estivesse embarcando numa viagem que a partir dali seria sem graça, com poucas perspectivas. Mas que deliciosa surpresa me aguardava! Percebi que aos 40, a mulher apenas começa a viver.
"Aos 40 a mulher tem uma relação mais saudável com o próprio corpo e com sua mente. Está mais interessada em absorver do mundo o que lhe parece justo e útil. Quer é ser feliz, sem grandes neuras. Se o parceiro não gostar do jeito que ela é, que vá procurar outra. Ela só quer quem a mereça."
Nesta idade, a mulher de hoje é bem diferente da de antigamente. Em gerações passadas fazer 40 anos era como uma despedida da vida adulta e entrada na terceira idade. As mulheres se casavam praticamente adolescentes, tinham filhos antes dos 20 e passavam os 30 os educando. Aos 40 estavam virando vovós...mas avós daquele tempo, que viviam de aventalzinho. Se você pegar uma foto da sua avó ou mãe aos 40 anos entenderá esta tese. Repare como elas se vestiam e se comportavam! As que antes eram “matronas”, praticamente sem novas perspectivas de vida, agora são bem cuidadas, modernas, inteligentes, empreendedoras, gostam de se cuidar. Perseguem seus sonhos e objetivos com vontade e determinação.
Veja como é assim mesmo: compare a mesma mulher aos 20 e aos 40 anos. No segundo momento ele será infinitamente mais interessante, sedutora e irresistível que no primeiro. Ela perde o frescor juvenil, é verdade. Mas também o ar inseguro de quem ainda não sabe direito o que quer da vida, de si mesma e dos outros, especialmente de um homem.
Não sustenta mais aquele ar ingênuo, uma característica sexy da mulher de 20, mas é compensada por outros atributos encantadores de que se reveste a mulher de 40. Como se conhece melhor, é muito mais autêntica, centrada e segura. Aos 40 a mulher tem uma relação mais saudável com o próprio corpo e com sua mente. Está mais interessada em absorver do mundo o que lhe parece justo e útil. Quer é ser feliz, sem grandes neuras. Se o parceiro não gostar do jeito que ela é, que vá procurar outra. Ela só quer quem a mereça.
Aos 40 a mulher tem gestos mais delicados e elegantes, aprendeu a ser sensual na medida certa. Carrega um olhar muito mais matador quando interessa matar. E sabe fingir indiferença com ainda mais competência quando interessa repelir. Aprende a ser menos bobinha.
Aos 20 a mulher é escolhida. Aos 40 é ela quem escolhe. No jogo com os homens, já aprendeu a atuar no contra-ataque. Ela sabe dominar seu parceiro sem que ele se sinta dominado. Mostra sua força na hora certa e de modo sutil, porém eficiente. Não para exibir poder, mas para resolver tudo a seu favor antes de chegar o ponto de precisar exibí-lo. Geralmente consegue o que pretende sem confrontos inúteis. Sabiamente goza das prerrogativas da condição feminina sem engolir os sapos supostamente decorrentes do fato de ser mulher.
Além disso tudo, criados os filhos, consolidados - ou acabados - os casamentos, as mulheres de 40 se permitem vôos mais altos, verdadeiras revoadas fora do ninho doméstico. Surgem assim as artistas plásticas, escritoras, amantes... Ou apenas mulheres que se descobriram capazes de pensar, trabalhar, viajar. Questionando-se, questionando a vida e valores. Lançando para dentro de si um novo olhar, sobre si mesmas e sobre o mundo lá fora.
Ter mais de 40 anos é ter mais de 40 motivos para ser feliz. Daqui por diante, o que mais quero é que minhas palavras e atitudes concordem com os desejos e a sinceridade do meu coração. Sem medos ou melindres. Que meu rosto e meu coração sejam hamoniosos, unidos e companheiros. Que toquem a mesma canção e caminhem sempre juntos.

sábado, 28 de junho de 2008

A arte de falar mal

De quem vamos falar mal hoje? Embora condenável, essa é uma prática comum entre todos nós. Em graus variados, sempre se fala mal de alguém. E os que falam pouco recriminam os que falam muito. Nas rodas de conversa com amigos ou em família, sempre há fofoca e comentários maldosos. Difícil é a gente ver uma roda de conversa onde predomine o elogio, pessoas falando bem de outras e se esquecendo de falar dos defeitos. Mas isso não tem graça, não fica interessante. Causa até um certo mal-estar. Geralmente quando alguém faz um comentário elogioso, ele próprio ou alguém fala logo em seguida: "Ah, Fulano é ótimo mesmo, mas também tem esse outro lado assim, e assim..."
"Não concordo com o tal 'falem mal, mas falem de mim'. Prefiro que me esqueçam. Até porque, quem se importa comigo de verdade fala para mim, não de mim."
Em geral as pessoas falam dos inimigos publicamente, já dos amigos, só pelas costas. Tudo bem que falar mal proporcione um certo prazer, mas é bom ser ético até pra isso. Melhor falar mal apenas de personalidades públicas, de gente com tribuna pra se defender. De preferência também evito falar mal de políticos. Não que eles não mereçam, pelo contrário. Talvez seja a categoria mais abominável que existe. Mas todo mundo fala mal de políticos, é permitido. Ninguém se ofende, nem os próprios políticos. Mas, até certo ponto, isso é compreensível. Porque tem a ver com a forma que a pessoa se sente. Quanto mais a pessoa se sente bem a seu próprio respeito, menos sente vontade de infernizar a vida alheia. Quanto mais insatisfeita, mais se acentua essa tendência e isso ocorre por um fato muito simples: quando se fala mal de alguém surge a falsa sensação de que se é melhor que o outro, dá um sentimento temporário de superioridade. Nada mais é que uma necessidade de se elevar e isso é feito às custas do rebaixamento alheio. Esse comportamento é fruto da competição e da inveja. O prazer de falar mal de alguém existe porque equilibra o mal-estar do invejoso diante da alegria, do sucesso ou da competência do outro. O maledicente sofre de profunda inferioridade, não suporta o brilho das outras pessoas. Por não ter luz própria, só consegue brilhar roubando a luz do outro. No Orkut, por exemplo, já fui alvo predileto de uma pessoa que é a intriga personificada. A infeliz deve ter tomado aulas com Maquiavel, tamanha a mordacidade que empregava. Com sabedoria Friedrich Nietzsche filosofou: "Quanto mais alto voamos, menores parecemos ao olhos daqueles que não sabem voar". Acho que quando sentimos vontade de falar mal de alguém temos um momento ideal para a auto-observação e análise do que sentimos. Pode ser que os defeitos do outro incomodem, mas também pode ser que sejam as qualidades da outra pessoa que nos causam ciúme, inveja e raiva. Em qualquer caso é importante reconhecer que existe algo negativo em nós que veio à tona. Portanto, não concordo com o tal "falem mal, mas falem de mim". Prefiro que me esqueçam. Até porque, quem se importa comigo de verdade fala para mim, não de mim.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Falta de educação virtual

Já há algum tempo tenho vontade de falar um pouco sobre o comportamento das pessoas na Internet. Percebo que a maioria não se dá conta de que embora suas ações sejam virtuais, as direciona para pessoas reais, de carne e osso. Por trás de cada teclado há uma pessoa de verdade, que se emociona, se ofende, fica feliz, enfim, tem sentimentos bem reais.

Acho engraçado como o povo se permite fazer qualquer coisa, sem limites, como surrupiar fotos do orkut, por exemplo, sem a permissão de seus donos. Oras, se está lá no álbum, dando sopa, é de qualquer um, certo? Errado. Pegar uma foto sem autorização é a mesma coisa que entrar na casa da outra pessoa, sem bater e sem ser convidado, e se apropriar do que encontrar pela frente, só porque deu na veneta.

Algumas noções elementares de educação cabem perfeitamente no relacionamento virtual. Alguns exemplos:

- Não comprometer a imagem dos outros com recados que revelem intimidades ou contenham palavrões. Por maior que seja a intimidade com a pessoa ou por mais engraçado que possa parecer, nem todo mundo acha isso legal e pode ficar bastante constrangido;

- Não escrever GRITANDO, é uma das regras essenciais, e uma das primeiras que se aprende. É sempre melhor utilizar letras maiúsculas apenas quando se deseja realmente enfatizar algo;

- Ter a consideração de agradecer e responder e-mails recebidos, mesmo sendo ocupadíssimo. Ignorar quem lhe dispensou atenção é lamentável. Isso é como não ter a menor noção dos fundamentos básicos de educação, que se aprendem em casa, tipo mastigar de boca fechada, pedir com licença e dizer obrigado; se for o caso de ter disponibilidade para responder apenas algum tempo depois é importante primeiro se desculpar pela demora e também deixar a mensagem original do remetente. Ele não é obrigado a lembrar de todos os e-mails que enviou;

- C etiketa nu mundu reau eh dificiu d entende i sigui...qtu + nu mundu virtuau... Não entendeu nada? Talvez porque a frase foi escrita em miguxês, a maior praga da internet. E a maior prova de que etiqueta virtual é muito necessária. NauM EscrEVe DeXXi jeITu dEvi Se a Melhor regrAh a se siGuiDaH...

Agora, um capítulo à parte é o MSN... Ah, isso é de enlouquecer! Recebo muitas críticas por não utilizar com freqüência esse meio tão dinâmico e econômico de comunicação, mas honestamente detesto. É óbvio que entre meus contatos há pessoas interessantíssimas, com as quais tenho o maior prazer de conversar. Mas, sinceramente, não me vejo obrigada a me comunicar com alguém que não tenha nada pra me dizer. Mesmo um bate-papo informal exige conteúdo, né? Não suporto ter que ficar arranjando assunto pra desenvolver o papo com alguém que me chamou pra conversar. Também acho o fim quando digo algo e tenho que esperar séculos pela resposta, porque a belezura está falando com "trocentas" pessoas ao mesmo tempo. Isso tudo sem falar que tem gente que não percebe que o MSN disponibiliza alguns status básicos, do tipo “Volto logo”, “Ocupado”, “Ausente”, “Horário de Almoço”, “Em ligação” e “Aparecendo Offline”. Há pessoas que se negam a entender o que cada status quer dizer. Quer uma ajudinha?

“Volto Logo” – Simples assim! Significa que o ser humano que porventura poderia estar do outro lado, saiu e volta logo. Não adianta ficar GRITANDO, apenas espere. “Ocupado”– Se o indivíduo está no trabalho, é provável que ele esteja usando esse status justamente por estar ocupado. Não acha? “Ausente” – Precisa mesmo de uma explicação? Basta saber que é o contrário de presente. “Horário de Almoço”– Sim! Algumas pessoas necessitam comer pelo menos uma vez ao dia. “Em ligação”– Confesso que nunca usei esse status. Ele poderia ser facilmente trocado por algo mais interessante.

Assim como uma conversa pessoal ou por telefone, é legal cumprimentar o outro e se despedir direito também. Vejo muita gente que não tem a menor preocupação nesse sentido. Quando não está mais a fim de "teclar" com o outro, simplesmente fecha a janela da conversa e some. E o mais importante, quem quer ficar com o MSN aberto, vendo os seus contatos (quem entra, quem sai) ou acompanhando o recebimento de e-mails, mas não deseja conversar com ninguém, deve usar o artifício do "estou, mas não estou!". Como? Simples, é só ficar offline. Assim, não corre o risco de ser mal interpretado.

Quando ainda não existia internet e se conversava pessoalmente, por carta ou telefone, eu sempre pedi por favor e disse obrigada às pessoas. Nunca desliguei o telefone na cara dos outros (exceto dos namorados, é claro). Muito menos, fui indelicada ou desatenciosa com ninguém. Por que eu mudaria meu comportamento no mundo virtual? Tratar os outros da mesma maneira que gosto de ser tratada é uma das principais regras da convivência.

A Internet, como qualquer outro ambiente, permite relacionamentos e assédios das mais diferentes formas. Usar o seu tempo e o dos outros com elegância é uma questão de estilo, o que torna as pessoas especiais e dignas de interesse.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Mulheres, mulheres!

Nas últimas postagens mostrei vários tipos de homens irritantes, que enlouquecem as mulheres. Claro que isso gerou uma certa revolta masculina e ainda o pedido especial de uma leitora no sentido de mostrar que mulher, quando quer, também pode ser dose. Baseada na minha observação de longos anos de janela e também depois de uma pesquisadinha básica, separei alguns tipos que tiram até um monge tibetano do eixo.

"Ninguém, por pior que seja, jamais irá infernizar a vida de outra pessoa se não houver um envolvimento verdadeiro, se não for algo que de fato abalou as estruturas. Homem não é tudo igual. Mulher também não."

A carente Na minha humilde opinião, esse é o pior tipo. Insegura, deposita toda sorte de expectativas no coitado que se aproxima dela. Vive por ele e não se vê como um ser independente, que não necessita do outro pra respirar. Um exemplo de papo de uma malinha carente: Ficante – Gata, vou ali pegar uma água e já volto. Mala – Isso é desculpa pra me deixar aqui, né? Aposto que você não vai voltar. (Se ele fosse ficar, as chances de retornar cairiam 50% depois dessa frase) E se ele voltou: Ficante – Me passa seu telefone pra combinarmos algo depois. Mala – Passo, mas duvido que você vai ligar. (agora provavelmente ele não liga)

A insistente Essa é de doer. Nem se tivesse um sétimo sentido se tocaria que tem uma hora que o melhor é sair à francesa. Mensagem no celular do homem – Oi gato! Saudades de você, quando nos veremos de novo? (sem resposta) Outra mensagem – Oi! Só pra confirmar se você recebeu minha mensagem. (também sem resposta) Mais uma mensagem - Então, se recebeu me dá um toque. (...)

Internauta de plantão Adicionar uma garota no MSN pode ser infernal. Não há como driblar a malinha cibernética, ela fica as 24 horas do dia on-line. E sofistica a comunicação com os elementos irritantes que caça o dia inteiro. Conversar com alguém assim leva qualquer um à loucura (essa é, inclusive, uma das razões pelas quais odeio MSN!). Mala – Oiiiii!!! Homem – Oi (depois de 5 minutos) Mala – Tudo bom?!?!? Homem – Sim (depois de 7 minutos) Mala – Quais são as 9dades?? Homem – Nada demais (depois de 10 minutos) Mala – E ai, planos para o fds!?!?! Mala – “Pedido de atenção” (o famoso treme-treme no MSN) Homem – Ainda tô vendo Mala – Ai, como vc tá monossilábico!... Homem – (offline) Outra modalidade de papinho: Homem – Oi! Tudo bom? E ai que achou da balada ontem? Mala - Oi gatinho (aparece um emoticon felino) foi (aparece um emoticon indo embora) demais (aparece um emoticon com sinal de soma no lugar do “mais”) Homem – (fica clicando em cima dos emoticons com o botão direito do mouse para decifrar o significado deles) Mala – Cadê (aparece um emoticon “KD”) você (aparece um emoticon apontando pra tela)? Homem – (offline)

A comprometida Esse tipo é muito engraçado. A mulher está em todas, sempre desacompanhada, mas faz questão de enaltecer o "dono do seu coração". Não tem saída, o papo pode até ser sobre o tempo, que a malinha sempre arranja um jeito de encaixar o dito cujo. Homem 1 – Porra, o chopp desse bar é bom pra cacete…geladinho Homem 2 – Massa! Mala – Eu também gosto, mas o MEU NAMORADO (entonação diferente) reclama que o colarinho vem alto (…) Homem 3 – Então cara, estou pensando em fazer uma pós em administração. Homem 2 – Pô, legal! Mala – Ah, o pai do MEU NAMORADO (entonação diferente) fez quando era mais jovem, hoje ele é o presidente de companhia “x” (…) Homem 1 – E você fulana, já pensou em ter um cachorro? Mala – Eu não, mas o MEU NAMORADO (entonação diferente) tem um Bullterrier lindo. (…)

A natureba Caramba, não há nada mais chato que uma pessoa buzinando a todo instante princípios politicamente corretos na sua orelha! Homem 1 – Onde vai ser o esquenta dessa noite?! Homem 2 – Pode ser naquele barzinho do lado da balada. Mala – Eu não preciso beber pra me divertir. Aliás acho ridículo encher a cara e ficar rindo que nem um bobo. Vou ficar só no suco. Aliás, vocês sabiam que o álcool ativa radicais livres, o que acelera o envelhecimento?? (silêncio)

A infantilóide Há mulheres que quando abrem a boca despejam um tonel de leite condensado sobre o parceiro. Tá legal, é bacana ser carinhosa, mostrar afeto, mas tem coisa que simplesmente não dá! Homem - Pô gata, hoje não vai dar, tô gripado. Mala (com voz de bebê) - Ahhhh... meu bebezinho tá dodói! Té um bezinho pá salá? Homem - Depois te ligo, tá? Mala - Mozinho, se cuida, viu? Dólo você! Sua tutuquinha vai molê de saudade! Homem (realista) - Tá.

Pinceladas rápidas por outros tipos de mala:

Neurótica

Tudo bem que às vezes eles dão motivos, mas daí a armar um barraco só porque ele desviou o olhar já é demais. Tem mulher especialista em procurar cabelo em ovo. Vasculha carteira, celular, roupas, enfim, vive de fazer varredura e prensar o sujeito na parede. O pior é que há coisas inevitáveis, o jeito é conviver com elas. Será que ele olha pra uma mulher linda que passa? Olha! E serei ainda mais realista: nem precisa ser linda, basta que tenha bunda.

Fútil e inútil

Não há dúvida de que uma mulher bem cuidada é ótimo. Mas ser patricinha demais, estar o tempo todo preocupada com marca disso ou daquilo, se um fio de cabelo esta fora do lugar, enfim, não apresentar o menor conteúdo também é meio caminho andado para o fracasso.

Relaxada

Não adianta ser uma princesa no primeiro mês do relacionamento e depois descambar para a avacalhação. Auto-estima em dia é fundamental para manter acesa a chama da paixão e a admiração do parceiro.

Olha, depois de mostrar essa porção de perfis infernais, tanto de homens, quanto de mulheres, só posso chegar a uma conclusão: ninguém, por pior que seja, jamais irá infernizar a vida de outra pessoa se não houver um envolvimento verdadeiro, se não for algo que de fato abalou as estruturas. Homem não é tudo igual. Mulher também não. Quem generaliza isso é que comete o mesmo erro de se envolver com a pessoa errada, o tempo todo. Cada um viaja com a mala que merece, isso sim.

domingo, 15 de junho de 2008

Homem-cilada. Fuja enquanto é tempo!

Olá! Depois de um tempinho afastada estou de volta, cumprindo a promessa de falar sobre mais um tipo de homem que deixa as mulheres malucas. Dificilmente uma mulher não tenha se deparado com esse tipo pelo menos uma vez na vida. O texto é de Beth Valentim e descreve com perfeição o comportamento lamentável desses espertinhos: É de cair o queixo como existe um grupo de homens por aí que consegue enganar direitinho uma mulher. Normalmente são bonitos ou extremamente charmosos. Falam tudo que elas querem escutar. Bonzinhos até demais... uma delicadeza só. Contam historinhas tão fascinantes que você jura que acabou de conhecer um fenômeno, perdido no meio dos bobocas que já experimentou por aí. "Ele é tudo!", "que alma feminina!", "um fofo", "nunca vi um cara igual a esse", dizem as mais entusiasmadas. Se você já se deparou com um deus desses pelas noitadas, principalmente, comece a ter cuidado, porque pode ser um daqueles que prepara a isca para depois fazer a vítima ser devorada com anzol e tudo. Já escutei casos de pessoas que se apaixonaram por alguém assim de tal maneira que ficaram totalmente cegas. E olha que mulher quando está cheinha de paixão já fica míope, que dirá perdida por esse sentimento. E o tempo passa.
"Aquele que quer provar tudo que faz, que se arrepia e cresce quando duvida dele ou questiona algo de sua vida, pode ter certeza que é um homem-cilada. Afinal, por que ficaria tão zangado e defendido se nada devesse?"
Eles, os homens-cilada, adoram cozinhar no tacho de cobre, porque o cozimento fica mais intenso, cheinho de veneno. Têm um poder de transformar tudo como querem que não é possível imaginar! Você mexe na agenda, desmarca compromissos, torra o cartão de crédito em roupas íntimas, perfumes, cremes e tudo o mais só para escutar aquele jeitinho de dar arrepio dele falando em seu ouvido baixinho: "Nossa! Você linda hoje"! E depois daquela frase, vem mais uma, outra melhor ainda, um carinho que nem se sabe onde aprendeu, um beijo de tirar o fôlego de bom e pluft... na rede como uma presa de braços escancarados para ser devorada, sem dó nem piedade. O pior é que quando alguém se encontra totalmente dominado por um homem assim não percebe um defeitinho sequer. Depois de um tempo longo vivendo um fogo de paixão que é indescritível aí, sim, normalmente vem a verdade: "sou casado", "tenho um compromisso fora do estado" etc etc etc. Pensa que é mentira? Pode acreditar.
Se encontrar um homem assim e se ainda for escorregadio, foge das perguntas, não fala nada de sua vida, mas questiona a sua como louco, fique distante porque pagar para ver pode ser a ruína. E sabe aquele que tem uma mulher e jura que vai deixá-la por você? Também desista, porque homem não larga a mulher, espera que ela o deixe. Existem poucos casos por aí em que acontece o contrário, mas estatisticamente, pode estar certa que aquela que lhe dá segurança vai ser sua companheira para sempre e você, o arroubo da paixão, o lado bom da vida dele, a que faz parte dos melhores momentos de sexo e delícias... "Ah, mas eu gosto tanto dele!"... Então vai ter que ter paciência para esperar muito. E, pelo que os estudos demonstram, talvez ele desapareça sem dar explicações. Antes de se envolver com alguém, faça como eles, os homens, levante a ficha. Pensa que não fazem isso? Pode ter certeza que sim! De homens-cilada o mundo está cheio. E como mentirosos e sutis, rápidos no pensamento e respostas, eles são pós-graduados.
Cuidado! Se quiser pagar para ver, se responsabilize por suas opções. De qualquer maneira, faço minha parte. Quem avisa amigo é...
Dicas: - Aquele que quer provar tudo que faz, que se arrepia e cresce quando duvida dele ou questiona algo de sua vida, pode ter certeza que é um homem-cilada. Afinal, por que ficaria tão zangado e defendido se nada devesse?
- Nada de se entregar sem saber o que faz, conhecer os amigos e insistir para estar sempre em lugares públicos com ele. Se quiser alguém na toca, que crie um animalzinho de estimação. E olha que já seria um erro, concorda? - Se ele nunca pode te ver nos dias nobres, isto é, sábados e domingos, e se sempre tem uma desculpa, principalmente doenças na família, é tiro certo: é um "cilada" com certeza! Caia fora antes que saia toda machucada por aí. - E ainda, se ele for casado e quiser desmascará-lo, esqueça a certeza de que a mulher dele vai largá-lo. Ela também sabe que ele é um "homem-cilada" e fez a opção de ficar quietinha ao seu lado, assim como se apresenta. Por amor ou ódio a si mesma, vai aturar o "cilada" forever... Se você já viveu algo assim e conseguiu sair vencedora, conte aqui para que todas aprendam a se livrar desses dissimulados! Beth Valentim é psicanalista e escritora. Possui mestrado em Psicologia Social e é autora dos livros "Essa Tal Felicidade", da editora Elevação, e "Mequiel - O Caçador de Sonhos", da editora Dunya.