quinta-feira, 24 de junho de 2010

Diet, light... No McDonald's tudo vira sedanaite!




A gente bem que tenta fazer tudo direitinho nessa vida, só que, mesmo caprichando mooooooito num determinado quesito  - fazer filhos -  nem sempre tudo sai 100%. Alguns defeitinhos de fabricação, às vezes, dão um toque de originalidade às nossas crias.

André, que tem 25 anos, é diabético insulinodependente desde os 3. Na verdade isso, atualmente, nem consiste mais num problema. Afinal, depois de tanto tempo, todos nos acostumamos com as restrições e cuidados que essa condição impõe a ele. Não dá pra dizer que ele é um diabético daqueles super-hiper-mega-disciplinadinhos, porque dá suas mancadas, comendo o que não deve algumas vezes, em outras deixando de se alimentar quando precisa, não aplicando a insulina em horários absolutamente regulares, enfim, são vaciladas decorrentes da falta de autopoliciamento em tempo integral. Cá entre nós, é mesmo um saco viver uma vida tão regulada sem a menor trégua. Mas espero que ele não leia essa refrescada da minha parte, senão fica ainda mais folgado. 

E é justamente no refresco que está um problema gravíssimo. Na semana passada, desesperado de sede, ele entrou no McDonald's da Rua Henrique Schaumann, esquina com Av. Rebouças, em Pinheiros, e pediu seu habitual refrigerante diet. Exageradão, tomou logo um litro inteiro. Ao sair, já no meio do caminho começou a se sentir muito mal. Fez o teste de glicemia e percebeu que estava absurdamente hiperglicêmico, o resultado foi de 550 mg/dl (pra quem não sabe, o valor máximo de uma glicemia considerada normal é de até 126 mg/dl e valores acima de 220 mg/dl já caracterizam uma hiperglicemia grave, portanto, com esse resultado, ele já se aproximava do coma). O refrigerante que lhe deram não era dietético.

A dose cavalar de glicose que ele ingeriu de uma vez só poderia ter levado a complicações graves e imediatas, como um acidente no trânsito, por exemplo, caso estivesse dirigindo. Se não tratada rapidinho, a hiperglicemia pode levar à desidratação intensa, náuseas, vômitos, sonolência, dificuldades para respirar e, consequentemente, ao coma. Sem contar com os problemas crônicos  - e irreversíveis -  que o organismo dele sofre ao longo do tempo por causa dessas crises, entre eles: micro e macroangiopatia, retinopatia, nefropatia e neuropatia.

É importantíssimo treinar adequadamente essa turminha que trabalha em fast-foods. Muita gente acha que refrigerante diet é só um charme, modinha de saradões. O que não imagina é o tamanho do estrago que uma simples falta de atenção pode provocar.

Diferenças fundamentais na classificação dos alimentos:

Diet são alimentos absolutamente isentos de determinados nutrientes, tipo açúcar, carboidratos, gorduras, proteínas e sódio. São indicados para pessoas com restrição total dessas coisas, como os diabéticos e hipertensos.

Light é a definição utilizada em produtos que apresentam redução mínima de 25% de determinados nutrientes ou calorias, quando comparados aos alimentos convencionais.

Diet e light no McDonald's? Sedanaite é o que vem no seu copo. 

terça-feira, 22 de junho de 2010

Cinco minutos bastam para se esquecer de alguém. Duvida?



Essa coisa de memória é muito interessante. Ela varia bastante de pessoa para pessoa e pode sofrer alterações drásticas, dependendo da situação. Quando se trata de gravar uma fisionomia, então, é o ó. Não é nada raro uma pessoa ser acusada injustamente de ter cometido um crime, simplesmente porque foi reconhecida de forma indevida. Ou então surge aquela situação que já aconteceu com todo mundo, de ver alguém, mas não se lembrar de onde conhece a pessoa.  

Conheço um montão de gente que diz conseguir se lembrar perfeitamente de nomes e até de números diversos, mas não de fisionomias.  Sabe CPF, RG, PIS, número do título de eleitor, até das datas de nascimento e morte de Tchaikovsky, mas nada de guardar as fuças de quem aparece na sua frente. A verdade é que, se a pessoa consegue memorizar nomes, números ou fatos de qualquer espécie, pode se lembrar de qualquer coisa. A grande dificuldade se deve ao grau de interesse pelo assunto. Se por alguma razão determinada fisionomia não for registrada fortemente na consciência, ela simplesmente desaparece com o passar do tempo.

Aliás, cinco minutos podem ser suficientes para se esquecer de um rosto. Quer ver?

Hoje fiz um teste muito legal. Ele foi publicado pela Science & Nature do site da BBC. O teste está dividido em três partes e funciona assim: na primeira parte são exibidas 12 fotos de pessoas diferentes. Cada foto permanece na visualização por quatro segundos e as imagens vão sendo trocadas automaticamente, até completar as 12. Na segunda parte acontece o mesmo: 12 fotos de outras pessoas, sendo exibidas cada uma por quatro segundos. Na terceira parte são mostradas 48 fotos e para cada uma você precisa dizer se foi exibida na primeira parte, na segunda ou se nunca viu aquela pessoa. 

Fui muito bem no meu teste. Identifiquei 100% das pessoas que vi, errando apenas três pessoas na parte em que foram mostradas, dando um resultado final de 87% de acertos, olha que beleza! Ah, vale destacar que o português que você verá no quadro abaixo com meu resultado está mais do que esquisitão... É que coloquei a versão traduzida automaticamente pelo navegador, porque tudo está em inglês.


Quer testar sua capacidade de reconhecer pessoas também? Então, clique AQUI. É bem simples, rápido e muito legal. Faça aí e depois venha me contar como foi. Só que, olha lá, hein? Não vale fazer mais de uma vez e dizer que acertou 100% depois que decorou a cara da turma toda. Tem que ser de primeira!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Remoção de postagem


Como muitos leitores viram, na semana passada fui surpreendida ao encontrar 15 textos meus publicados num outro blog, copiados literalmente  - vírgula por vírgula, ponto por ponto -  sem a mais remota menção da autoria original. Diante da minha constatação e da postagem que fiz comprovando o plágio, a dona do blog o excluiu, com o objetivo de evitar eventuais  - e naturais - consequências.

Ontem recebi dela um e-mail de retratação, onde reconhece o próprio erro e se redime por isso. Em respeito aos meus leitores, que prontamente se manifestaram com muitos comentários solidários  - aos quais aproveito para agradecer imensamente -  e para assegurar a transparência das minhas atitudes, responderei a ela por aqui:

"Agradeço por sua manifestação de interesse e admiração por meu trabalho. Não fosse pelo fato de me sentir desrespeitada quanto à utilização de tantos textos meus sem que minha autoria fosse reconhecida, muito especialmente naqueles com teor evidentemente pessoal (exemplo: Tem gente que adora brincar com a sorte, onde trocou meu nome pelo seu logo no início da postagem), poderia até mesmo afirmar que seria uma honra ver minhas publicações escolhidas por você e figurando ao lado de textos espetaculares como os de Martha Medeiros.

Compreendo e aceito sua retratação. Como reconhecimento por seu gesto, informo que optei por remover minha postagem-denúncia, muito embora tenha feito isso com pesar, já que, para tanto, também precisei excluir as diversas manifestações de apoio que recebi dos leitores. 

Prevalece, porém, meu desejo de que este continue sendo apenas um espaço despretensioso, que utilizo com a mera finalidade de falar das minhas experiências cotidianas e opiniões pessoais, sem o intuito de me tornar uma celebridade, abusar da boa fé alheia ou obter qualquer tipo de vantagem financeira com as publicações, mesmo quando respaldada legalmente para isso.

Lamento que tenha excluído seu blog em razão do ocorrido, mas honestamente creio que tenha sido melhor assim. O texto do seu e-mail desmonstra claramente que você reúne condições de criar algo exclusivo, com conteúdo próprio e interessante de fato. Fica aqui minha sugestão para que siga em frente, há espaço para todos."

Pronto, c'est fini.

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21/06/2010 - 20h49m

Atendendo a pedidos, dilvulgo novamente os links dos meus textos que foram copiados:


http://taniameneghelli.blogspot.com/2009/09/meu-filho-pode-tudo.html

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Jeitinho pif-paf de ser



Nesse mundão de Deus já vi gente de todo tipo. Quando se trata de grana, então, as pessoas são bem peculiares. Conheço gente que pode ficar com a geladeira vazia, mas não abre mão de comprar um modelito novo a cada semana. Há também mulheres loucas por sapatos, que botam qualquer centopéia no chinelo. Outras se cobrem de jóias e por aí vai.

Eu mesma tenho minhas manias, sou fissurada em cosméticos. Outro dia tomei um susto quando fui trocar de bolsa. Achei nada mais, nada menos, que 24 batons! Aliás, diga-se de passagem, toda mulher é especialista em viver com a bolsa abarrotada de coisas. Não importa o tamanho  - já tentei usar bolsa pequena pra ver se fico mais organizada - a gente sempre dá um jeitinho de criar uma confusão sensacional dentro dela. Meu japa, o certinho da silva xavier, acha isso o cúmulo e vive me criticando. Oras, e eu lá tenho culpa se ele não é um cara prevenido como eu? Na minha bolsa só tem coisas ÚTEIS, tá legal?

Voltando ao objetivo da postagem, também conheço gente munheca de dar gosto. Capaz de guardar o café que sobrou na geladeira, pra bebericar por dias a fio o mesmo preparado, dá pra acreditar? Não gosto de café, mas canso de ver o povo dizendo que quando está requentado chega a ser intragável. Faz sentido. Aliás, essa mesma criatura é capaz de atitudes bizarras em nome da economia. Soube de fonte segura que ao ouvir da namorada que cueca samba-canção até tem um certo charme, o rapaz resolveu caprichar no look matador de uma determinada noite romântica. Surgiu com uma cueca que a moça estranhou, parecia dos anos 60. Não se tocando da perplexidade dela, o bacanudo ainda teve a capacidade de acrescentar dados eternamente brochantes:

- Ahááá, que tal?... Gostou? Essa cueca era do meu pai. Samba-canção, do jeito que você gosta!

Explicada a razão da cueca estar tão agarradinha: o defunto realmente era menor. É isso mesmo que você entendeu, o pai do cara morreu há trocentos anos e a cueca ainda estava na gaveta! E ele usa!!! E pra fazer bonito, ainda por cima!!!!!!! _

Conheço bem uma outra pessoa que não chega ao cúmulo de cometer atrocidades desse naipe, mas tem uma mãozinha fechada de dar gosto. É minha irmã. Durante um lanche na casa dela outro dia, nos divertimos ao saber das escolhas que ela faz na hora das compras. Presunto, por exemplo, todo mundo sempre dá prefência às marcas mais conceituadas, com garantia de qualidade. Minha irmã não tem dúvida, compra da marca Pif-Paf, porque é muito mais barato. Mas jura que é gostoso.

Porta nova para o quarto? Conseguiu encontrar uma de R$ 30. O cara que foi instalar tentou justificar a razão do serviço não ter ficado tão bom: dona, não tem jeito de aparar essas rebarbas, a madeira é muito ruim! Uma porta pif-paf.

Pia para a suíte? De plástico, por R$ 28. Ah, até que é bonitinha, diz a mão-de-vaca. Pia pif-paf.

Contratou um senhor pra capinar a chácara dela, que anda meio abandonada depois que ela se mudou para outro lugar. O coitado cobrou R$ 20 pra desmatar montes de metros quadrados e ela lamentou: caríssimo! Capinagem pif-paf.

Quando foi resolver um assunto no centro da cidade outro dia, diz que não resistiu e cometeu um desatino ao comprar um brinco novo. De R$ 7. Ô brinquinho mais pif-paf!

Ao saber da montanha de gastos que estamos tendo aqui com a finalização da construção da nossa nova casa, imediatamente se colocou à disposição pra melhorar a situação: deixa essa lista de materiais comigo. Quer ver como fica muito mais barato? NÃO! Muito agradecida, mas morar numa casa inteirinha pif-paf ninguém merece!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Não gosto de esportes e... ODEIO FUTEBOL!


Nunca fui boa jogadora, de coisa alguma. As aulas de educação física do colégio eram um verdadeiro martírio pra mim, especialmente quando tinha que participar de jogos coletivos. O que eu mais odiava era o maldito handball, na minha opinião um jogo bruto, estúpido mesmo. Imagine como é pra uma pessoa naturalmente atrapalhada acertar os passes da bola e, pior ainda, fazer um mísero golzinho que fosse. Aquilo, pra mim, era traumatizante.

Ainda hoje tenho aversão a esportes. Tá certo, compreendo perfeitamente que essa é uma prática supersaudável, que tira muito moleque das ruas, bla-blé-bli-bló-blu, mas estou falando apenas sobre minhas preferências (ou ausência delas). Até meus rotineiros exercícios físicos prefiro fazer sozinha, em casa. Já tentei frequentar uma academia, mas detestei. Caramba, não é nada legal você chegar lá acompanhada de suas inseparáveis amigas gordura localizada, celulite e flacidez, e ter que dividir o espaço com vacas gatinhas esculturais. "Ai, hoje vou ter que fazer cinco minutos a mais de esteira... Preciso urgentemente perder 300 g!". Ora, vá pra #*&#*$#*!!! Minha decisão de parar depois de frequentar apenas uma semana desse inferno também foi motivada pela quininha dos halteres que um maldito bombadão me acertou na cabeça. Nada grave, mas definitivo pra eu me pinicar dali pra sempre.

Até gosto de acompanhar algumas modalidades esportivas nas olimpíadas, mas pouquíssima coisa realmente me atrai. Então, imagine o que será de mim nos próximo dias, com futebol em tempo integral. A Copa nem começou e eu já me enchi. ODEIO FUTEBOL, com todas as forças do meu ser! Essa, aliás, é uma das maiores divergências que tenho com meu japa, que é torcedor fanático (do Santos) e não apenas assiste, como também ouve pelo rádio diversas partidas simultâneas  - isso mesmo, tudo ao mesmo tempo. Jogo pelo rádio acho o fim. Eabolaoroterococoterotutinonobatero... Gooooooooooooool! Tem algum sentido isso, meu Deus?

No entanto, apesar de ser péssima jogadora, sempre que posso gosto de passar o tempo com joguinhos de computador. Nada que me obrigue a pensar muito, afinal, o objetivo é apenas me divertir. Até porque vim ao mundo com um grave defeitinho de fabricação: me falta o neurônio da lógica. Prova disso foi a dica que dei ao meu filho outro dia, pra se dar bem num determinado jogo. Olha só o atrevimento, querer ensinar macetes pra um nerd que faz Ciências da Computação na USP, onde entrou diretão, sem cursinho. Mas achei que tava podendo, então recomendei, com ares de genial:

- Encontrei um jeito legal de não perder vida nessa fase, André. Você clica, clica, clica, clica sem parar, por tudo que é canto, e pronto, você passa pra próxima. Faz aí, é moleza!

Com olhar piedoso, ele mostrou que fazendo isso passava pra próxima fase sim, mas também perdia quase todos os pontos conquistados. Ué, que que tem, né? O negócio é seguir sempre em frente, oras! Moleque quebra-barato.

Aí agora estou envolvida com um maldito joguinho que não me deixa passar do nível 21 de jeito nenhum. Mas me dá um ódio quando só faltam umas poucas pecinhas pra eliminar e sou informada de que não há mais movimentos possíveis!... Aposto que é roubado, isso sim. Se alguém já jogou isso e conseguiu passar pra outro nível, por favor me diga, tá? Só assim vou acreditar nas boas intenções do jogo.

Enfim, como jogadora  - e torcedora -  sou uma excelente... Cozinheira? Não, também odeio cozinhar. Cantora? Hum, desafinadíssima. Jornalista? Médio. Do contra? Ah, isso sim! Fazer o quê? 

terça-feira, 8 de junho de 2010

A curiosidade é, praticamente, uma ciência


Como já falei no perfil aí ao lado, me dei conta que estava ficando velhinha pelo tamanho do meu necessaire entupido de cremes e de outros truques pra disfarçar o estrago. O tempo vai passando, o necessaire aumentando  - já preciso de um container - e nada de entender a mim mesma. Até hoje não cheguei à conclusão se sou mais ansiosa do que curiosa, ou as duas coisas juntas. O que eu sei é que tem umas coisas que me deixam agoniada.

Na semana passada, por exemplo, foi aniversário do japa. E o sacana repetiu o que faz sempre: não abriu os presentes na hora em que recebeu. Tá legal, entendo que faz parte da cultura oriental não abrir presentes logo de cara (consideram falta de educação), mas acontece que sou tupiniquim, né? Pacote fechado me dá nos nervos! Admito que minha preocupação não é nem com o que quem deu o presente vai pensar se eu não abrir, porque o que me interessa é ver rapidinho o conteúdo do pacote. E também pouco me importa se o presente é pra outra pessoa, quero ver assim mesmo. Aí o japa ultrapassou a barreira do sossego, abrindo o montão de presentes que ganhou (ai, que queridinho das titias!) mais de 24 horas depois. Haja unha pra roer! E vai ser tranquilão assim lá no raio que o parta! Pelo menos fiquei no lucro, porque o fortão achou que uma das camisetas ficaria muito coladinha e a repassou pra mim. Ih!... Será que quem deu vai ler isso? Ó, não é que ele não gostou, tá? Gostou sim, mas é que... Bom... É porque... Ah, não gostou MESMO, pronto, falei! Mas eu adorei, tá bom assim?

Outra coisa que me irrita é ouvir conversa truncada, porque as pessoas que estão falando emitem volumes e entonações diferentes, às vezes inaudíveis. Outro dia eu estava esperando minha vez pra ser atendida no banco, quando, de repente, começou um papo cabuloso atrás de mim:

- Ai, menina, não te contei!... Sabe a Creusa do Darlan? Largou dele! Diz que foi por causa do Roberto. A Nice me contou que você já tinha visto os dois juntos, é verdade? Olha, se o Darlan souber que você sabia e não falou nada, vai ser um perereco. Você sabia?

- nonononnnoononono...

Heeeeeeeeeeeinnnnn?

- Juuuuura? Nossa, se o Darlan souber!... Não acredito que ela fez isso!... Que safada! Mas você acha que ela pegou o dinheiro dele?

- nono nonnonon onono nononono...

Como assim? O que a Creusa fez? Quanto dinheiro pegou? E pra quê, hein? HEIN? HEEEIN? Nem disfarçando que estava procurando alguém pra poder dar aquela olhada direta pra trás consegui captar a mensagem. Pô, custava me deixar por dentro da situação? Se tivesse criptonita pra vender no supermercado eu não passava por um sufoco desse. Tsc.

Em minha própria defesa, no entanto, declaro que considero a curiosidade uma virtude. Oras, se o ser humano não fosse curioso, como é que as coisas seriam inventadas? O homo erectus jamais teria descoberto o fogo se não fosse xereta. E o que seria da física, se Isaac Newton não tivesse o hábito de solitariamente passar horas a fio observando as coisas? Apesar que muitos estudiosos afirmam que Newton morreu virgem, o que significa que ele nem era tãããão curioso assim. Azar o dele. Com a falta desse interesse específico, sentiu o efeito da lei da gravidade na prática. Quando deu por si, o bichão já tinha despencado pra não se levantar never more. Zero bala e inútil, pode? Ahhhhhh, Isaac!...

Com estes argumentos irrefutáveis, espero ter convencido de que sou praticamente uma cientista, não uma bisbilhoteira. Convenci, né? Fique à vontade pra opinar, sou bem democrática. Mas é pra falar que sim.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Invasão de privacidade

Nesse mundo tem gente que parece que não sei... Achei ridícula a exigência do Maradona pra se hospedar na Universidade de Pretória, onde ficará concentrada a seleção argentina durante a Copa. O estrelão mandou trocar os vasos sanitários que vai usar por modelos mais modernos. A reforma foi feita em caráter de urgência e agora o bonitão pode sentar o traseiro gordo em vasos chiqueterrérimos, que liberam sprays em três níveis diferentes de velocidade. Tem um forevis de ouro o moço.

Outra enjoada quando se trata da vida privada, no sentido bem literal, é a Madonna, que não encosta o popô duas vezes no mesmo assento sanitário. A fofa exige que o assento seja trocado a cada ida sua ao banheiro... Ah, fafavô!

Aí fiquei pensando na trabalheira danada que seria atender aos chiliques da Whitney Houston (na época em que ela tava podendo, claro) se a moça fosse tão exigente quanto seus coleguinhas VIP. Dizem as más línguas que num dos shows que fez, a diva pediu (e comeu!) 24 ovos cozidos. Já pensou a correria pra deixar o banheiro da flatulenta nos trinques?

É dureza ser uma simples mortal. Outro dia mesmo comemorei o fato de me mudar pra uma casa onde tem duchinha higiênica no vaso, como se fosse o must da tecnologia, vê se pode. Confesso também que me atrapalhei à beça com o cestinho de lixo do banheiro de um bar onde já estive algumas vezes. Não é que o bicho tem um sensor e abre sozinho quando você vai jogar o papel?! Fiquei meia hora tentando abrir o treco e nada... Estudei a situação com o papel xixizudo na mão, até que me dei conta de que a coisinha frufruzenta só abria se você ainda estivesse sentado no vaso. Definitivamente sou pobre-pobre-pobre-de-marré-de-si.

Aliás me senti uma autêntica chumbreguda quando soube o tanto que se gasta com uma simples privada nesse mundão de Deus. Olha isso:

Uma cortada no rabo do macaco high-tech pode evitar sérias discussões conjugais. Adeus tampa do vaso levantada e dona encrenca buzinando na orelha! Trata-se do S400 Washlet, que parece um simples vaso sanitário, mas é incrementadíssimo. Tem sistema de lavagem de mãos livres (que diabo é isso? Não digo que sou pobre?!), tampa do vaso com sensor pra se levantar assim que você se aproxima e fechar à medida em que se distancia, além assento aquecido, com duchinha acoplada (o jatinho vai direto pro olho do furacão... ui!). No vaso também tem secador com três níveis de temperatura do ar (essa é boa!) e purificador. Tudo acionado através de controle remoto sem fio. E aí, tem cash pra isso? É só desembolsar US$ 1.500.


Agora se você é daqueles que se preocupam com a escassez dos recursos naturais do planeta ficará muito satisfeito com esse modelo, o Home Core Integrated Toilet, desenvolvido pelo designer Dang Jingwei. A engenhoca tem três divisões que integram a pia, o vaso e um sistema de armazenamento de água. Isso significa que toda vez que a água for acionada na pia, fica armazenada pra ser utilizada na limpeza do vaso. Tá certo que o negócio, embora bonito de se ver seja meio esquisito, mas não é que o sujeito teve uma boa ideia? Chinês sabidão!


Tem também o banheiro inteirinho num único equipamento. É o Odyssey Vertebrae, que integra todas as funções sanitárias numa única coluna, basta que você desloque as peças em torno dos eixos. Além do vaso e da pia, tem também duas duchas, armários e um reservatório de água.


Ah, ainda tá achando pouco? Então veja esse, desenvolvido por uma companhia americana de desentupimento para premiar o ganhador de um concurso promovido pela empresa. O "modesto" vaso sanitário é equipado com notebook, TV de tela plana, iPod, videogame Xbox e uma geladeira recheada de bebidas e petiscos (fala sério! Fazer uma boquinha nessa hora é de lascar... Só americano mesmo!). Tem também uma bicicleta ergométrica, acredita? Segundo Steven Pollynea, vice-presidente da empresa, foram gastos US$ 5 mil pra equipar a privada.


E pra aqueles que tem grana sobrando e só lhes falta-lhes o gramur (eu não vejo Zorra Total, juro!), uma boa recomendação é esse suntuoso vaso sanitário coberto de cristais Swarovski, criado por uma empresa americana habituada a satisfazer as extravagâncias de seus clientes milionários. Fica aqui uma dúvida: será que os varósvisqui não pinicam a alma do cagão? Hum, olhando bem, o assento não é de cristal... Ufa! Bom, só sei que o vaso custa em torno de US$ 75 mil. Um luxo só. Ué, e daí que é caro? Cê tá pagaaaaanu! 
Pra finalizar, tem gente que não se contenta em ter apenas um vaso sanitário, por mais incrementado que ele seja. O parlamentar coreano Sim Jae-Duck mandou construiu uma casa inteira com cara de privada. Isso não foi à toa, fique sabendo. Ele é presidente da World Toilet Association, uma entidade que exige que os banheiros recebam, no mundo moderno, a atenção que merecem (oi?). A fixação de Jae-Duck por banheiros é coisa antiga, afinal, sua biografia revela que foi parido em um banheiro. Na verdade, com isso, ele quer chamar a atenção e arrecadar fundos para a realização de saneamento básico em lugares onde isso não existe. Ele aluga a casa para ricaços que gostam de curtir a vida de um jeito bem exótico. O preço é salgado - cerca de R$ 88 mil reais por dia.

  

terça-feira, 1 de junho de 2010

Homem também sofre, sabe?

Ai ai ai minha bicicreta!... O povo não acredita quando digo que sou songa-monga e continua me mandando e-mails pra saber o que penso sobre isso ou aquilo.

Ó, já falei que sou uma mocoronga da pior espécie e que também vivo me estrepando de verde e amarelo (uia! Em época de copa essa caiu bem... Aliás, quando é mesmo que termina esse saco de futebol? Taqueopariu!), então, sei lá em que posso efetivamente ajudar alguém. Já havia decidido não me envolver mais nessas questões, justamente porque não consigo avaliar até que ponto posso interferir negativamente, mas não dá pra ficar indiferente a isso:

Eu, na verdade, estou precisando de umas porradas...
Por isso, preciso que você (o mais breve possível!) dê-me as porradas bem dadas, aponte-me verdades, acabe com a minha raça por completo!

E o pior de tudo, entenda o que eu estou pedindo sem muitas explicações... Um único adiantamento que tenho é que "o pensamento nela dói e é necessário deixar para lá..."


Homem amargurado e assumido? Eeeeeba! Ops, foi mal, digo, puxa, mas que surpresa! E ainda por cima querendo levar porrada? Mosca branca! Peraí que vou encaixar o soco inglês nos dedinhos... Já tô pronta e você? Então vamos lá...

O bicho-homem é engraçado. Diferente do bicho-mulher, que geralmente sofre só até encontrar alguém mais interessante, os homens se enfiam em enroscos infinitos. Conheço uma porção de caras que mesmo estando com novas companhias, não param de suspirar pelos pezinhos que lhe deram belas bicas no fiofó. Só posso concluir que homem gosta é de sofrer (mais que mulher, acredita?). E isso, honestamente, não consigo entender, portanto, menos ainda explicar.

Há homens que são eternos apaixonados, que se entregam por inteiro. Até aí, tudo bem, que mulher não gosta de homem sensível? O problema é quando eles exageram na dose, principalmente depois que o relacionamento acabou.

Tá certo, entendo perfeitamente como é sofrida uma dor de cotovelo. Mais difícil ainda se por alguma desgraça do destino você tenha que cruzar com ela diariamente, tipo no trabalho. Seja lá o motivo que for que o impeça de ficar com quem quer, mesmo depois de ter tentado de tudo, chega o momento em que é imprescindível, acima de qualquer coisa, ser REALISTA. Saiba que, diferente dos homens, que ficam com pena de mulheres insistentes, nós mulheres, sentimos repulsa de homens que não viram a página. É feio admitir, mas é a verdade.

Drama é muito bonito nas novelas. Em obras de ficção o mocinho pode sofrer feito o cão, mas sempre tem um final feliz garantido. Só que a vida real exige a compreensão de que ficar chorando, batendo a cabeça na parede e sapateando em cima da cueca não faz nenhum amor renascer (ou, ainda pior, surgir). Enquanto você usa seu tempo escolhendo a ponte de onde vai pular ou se toma chumbinho (sou pobre) de manhã ou depois do almoço, seu objeto de desejo e agonia continua toda toda, vivendo a vida numa boa e, quem sabe, bem acompanhada. Dói, eu sei, mas perceba definitivamente que ELA-NÃO-ESTÁ-A-FIM-DE-VOCÊ... MEEEEESMO!

Já foi lá, deixou BEM claro seus sentimentos (se não fez isso ela está certíssima, você é um bundão) e, mesmo assim, não adiantou nada? Então é hora de fazer a fila andar de uma vez. É fácil? Não. Mas, quando quer, todo mundo consegue. Comece aprendendo a ser PRÁTICO.

Você só tem duas escolhas:

1 - Continuar com essa ideia fixa e perder um tempo precioso da sua vida (que não voltará jamais) choramingando pelos cantos. Nesse caso, não se esqueça que enquanto você chora, a vida segue pra todos, inclusive pra ela. Seu sofrimento não mudará a situação em absolutamente nada. E espero, sinceramente, que leve milhares de outros pés na bunda, desta vez de kichute (sou pobre... e velha!).

2 - Acabar de vez com a ilusão. Ficar achando que ela é sensacional, a melhor mulher do mundo e outras lenga-lengas só servirá pra te manter mais ligado a ela. Comece a usar a imaginação conflitante pra arrancá-la de vez do seu coração, tipo a bela sentadinha na privada, com um rolo de papel higiênico Tico Tico na mão (sou muito pobre e muito velha), veias da testa quase explodindo e tirando cera do ouvido entre uma folga e outra no sufoco. Ou então: ela seria linda, se não tivesse aquelas trancinhas rastafari dentro do nariz. Parece brincadeira, mas isso funciona! Porque a gente tem o péssimo hábito de idolatrar as pessoas que nos deixam sem chão, esquecendo que elas são normais e cheias de defeitos como todo mundo é.

Por último, recomendo que procure se afastar de situações melodramáticas, que só cutucam ainda mais a ferida. Nada de ficar ouvindo milhares de CDs do Bruno e Amarelone ou assistir pela quaquilhonésima vez Ghost. Vá se esbaldar por aí, curtir um bom (bom?!?) dum rebolation e dê tempo ao tempo. De repente, sem que você perceba... Plim! Já passou.

E se nada disso adiantar, fica aqui um consolo: até o gostoséééérrimo e lindééééérrimo ator George Clooney, eleito duas vezes como o homem mais sexy do mundo pela revista People, já passou por decepções amorosas. "Tive alguns relacionamentos muito bons e outros não tão bons assim", afirmou Clooney ao jornal Daily Mirror. "Alguns términos foram fáceis e fizeram sentido para mim, mas alguns foram muito complicados e dolorosos".

Tá vendo? Pimenta é uma coisa que arde no... olho de qualquer um! O importante é, como sempre digo, aprender com as experiências ruins e ficar mais ligado nas próximas vezes. Afinal, como diz um amigo meu, em rio que tem piranha, macaco véio bebe água de canudinho.