terça-feira, 7 de julho de 2009

Cobertor de orelha pra espantar o friozinho? Hum...

Oh, que lindo é o amor!... Que maravilha dois corpos entrelaçados, unidos como se fossem apenas um, fundidos, ajustados, grudados... suados... doloridos... formigados... Meu Deus, DORMIR DE CONCHINHA É UM SACO!!! Sei lá se estou ficando velha demais, ranzinza, egoísta... Fato é que isso, pra mim, é o fim. Pitis e pitacos à parte, a coisa toda é bem simples: na hora de dormir, eu quero dormir! Dá pra ser ou tá difícil?... Sem ninguém me pegando. Sem sentir uma fungadinha sequer no meu cangote. Sem conchinha, ostrinha ou estrelinha do mar. Cobertor de orelha, pra mim, é touca! Ah se eu pego o infeliz que inventou a cama de casal!... Francamente, né? Ainda bem que uma alma sensata teve a feliz ideia de bolar a cama king size. Por mim, vou ainda mais longe (e no sentido literal): muito melhor é ter quartos separados. Beijinho de boa noite e pronto, cada um pro seu lado. Nada de puxar endredon que o outro insiste em pegar só pra ele. Nada de ter que mostrar (e ver) uma cara amassada logo de manhã. Bafo, então, nem pensar! Caramba, o que há de romântico em ter que aturar coisas tão desagradáveis? Posso até contrariar os mais ortodoxos, mas acho que o excesso de intimidade é que tira a graça da coisa toda. E ainda tem mais essa, olha só: um recente estudo britânico comprovou que mulheres que dormem acompanhadas têm cinco horas semanais a menos de sono. Tá bom assim ou quer mais? Então toma mais essa: uma pesquisa do Sleep Council, também da Inglaterra (e não é que inglês é sabidinho? God save the Queen!), descobriu que 50% das pessoas são regularmente acordadas seis vezes por seus parceiros, particularmente se eles roncam ou se mexem. Ronco atordoando os tímpanos ninguém merece. Dizem que a solução pra isso é molezinha: basta dar um cutucão no trator que está ao seu lado e pronto. O problema é quando você dá o cutucãozinho, neguinho se mexe, muda de posição e... ronca outro som infernal, diferente (muito pior!) do que estava antes. Ah, se arrependimento matasse!... Tenho vontade de chamar o povo do "PSIU" (Programa de Silêncio Urbano da Prefeitura de São Paulo) pra autuar o meliante. Por tudo isso, acho que chega um momento em que é preciso saber separar pra poder estar junto. Uma noite bem dormida faz toda diferença depois. Aí sim é que a coisa esquenta pra valer. Eeeeeeba!