domingo, 15 de junho de 2008

Homem-cilada. Fuja enquanto é tempo!

Olá! Depois de um tempinho afastada estou de volta, cumprindo a promessa de falar sobre mais um tipo de homem que deixa as mulheres malucas. Dificilmente uma mulher não tenha se deparado com esse tipo pelo menos uma vez na vida. O texto é de Beth Valentim e descreve com perfeição o comportamento lamentável desses espertinhos: É de cair o queixo como existe um grupo de homens por aí que consegue enganar direitinho uma mulher. Normalmente são bonitos ou extremamente charmosos. Falam tudo que elas querem escutar. Bonzinhos até demais... uma delicadeza só. Contam historinhas tão fascinantes que você jura que acabou de conhecer um fenômeno, perdido no meio dos bobocas que já experimentou por aí. "Ele é tudo!", "que alma feminina!", "um fofo", "nunca vi um cara igual a esse", dizem as mais entusiasmadas. Se você já se deparou com um deus desses pelas noitadas, principalmente, comece a ter cuidado, porque pode ser um daqueles que prepara a isca para depois fazer a vítima ser devorada com anzol e tudo. Já escutei casos de pessoas que se apaixonaram por alguém assim de tal maneira que ficaram totalmente cegas. E olha que mulher quando está cheinha de paixão já fica míope, que dirá perdida por esse sentimento. E o tempo passa.
"Aquele que quer provar tudo que faz, que se arrepia e cresce quando duvida dele ou questiona algo de sua vida, pode ter certeza que é um homem-cilada. Afinal, por que ficaria tão zangado e defendido se nada devesse?"
Eles, os homens-cilada, adoram cozinhar no tacho de cobre, porque o cozimento fica mais intenso, cheinho de veneno. Têm um poder de transformar tudo como querem que não é possível imaginar! Você mexe na agenda, desmarca compromissos, torra o cartão de crédito em roupas íntimas, perfumes, cremes e tudo o mais só para escutar aquele jeitinho de dar arrepio dele falando em seu ouvido baixinho: "Nossa! Você linda hoje"! E depois daquela frase, vem mais uma, outra melhor ainda, um carinho que nem se sabe onde aprendeu, um beijo de tirar o fôlego de bom e pluft... na rede como uma presa de braços escancarados para ser devorada, sem dó nem piedade. O pior é que quando alguém se encontra totalmente dominado por um homem assim não percebe um defeitinho sequer. Depois de um tempo longo vivendo um fogo de paixão que é indescritível aí, sim, normalmente vem a verdade: "sou casado", "tenho um compromisso fora do estado" etc etc etc. Pensa que é mentira? Pode acreditar.
Se encontrar um homem assim e se ainda for escorregadio, foge das perguntas, não fala nada de sua vida, mas questiona a sua como louco, fique distante porque pagar para ver pode ser a ruína. E sabe aquele que tem uma mulher e jura que vai deixá-la por você? Também desista, porque homem não larga a mulher, espera que ela o deixe. Existem poucos casos por aí em que acontece o contrário, mas estatisticamente, pode estar certa que aquela que lhe dá segurança vai ser sua companheira para sempre e você, o arroubo da paixão, o lado bom da vida dele, a que faz parte dos melhores momentos de sexo e delícias... "Ah, mas eu gosto tanto dele!"... Então vai ter que ter paciência para esperar muito. E, pelo que os estudos demonstram, talvez ele desapareça sem dar explicações. Antes de se envolver com alguém, faça como eles, os homens, levante a ficha. Pensa que não fazem isso? Pode ter certeza que sim! De homens-cilada o mundo está cheio. E como mentirosos e sutis, rápidos no pensamento e respostas, eles são pós-graduados.
Cuidado! Se quiser pagar para ver, se responsabilize por suas opções. De qualquer maneira, faço minha parte. Quem avisa amigo é...
Dicas: - Aquele que quer provar tudo que faz, que se arrepia e cresce quando duvida dele ou questiona algo de sua vida, pode ter certeza que é um homem-cilada. Afinal, por que ficaria tão zangado e defendido se nada devesse?
- Nada de se entregar sem saber o que faz, conhecer os amigos e insistir para estar sempre em lugares públicos com ele. Se quiser alguém na toca, que crie um animalzinho de estimação. E olha que já seria um erro, concorda? - Se ele nunca pode te ver nos dias nobres, isto é, sábados e domingos, e se sempre tem uma desculpa, principalmente doenças na família, é tiro certo: é um "cilada" com certeza! Caia fora antes que saia toda machucada por aí. - E ainda, se ele for casado e quiser desmascará-lo, esqueça a certeza de que a mulher dele vai largá-lo. Ela também sabe que ele é um "homem-cilada" e fez a opção de ficar quietinha ao seu lado, assim como se apresenta. Por amor ou ódio a si mesma, vai aturar o "cilada" forever... Se você já viveu algo assim e conseguiu sair vencedora, conte aqui para que todas aprendam a se livrar desses dissimulados! Beth Valentim é psicanalista e escritora. Possui mestrado em Psicologia Social e é autora dos livros "Essa Tal Felicidade", da editora Elevação, e "Mequiel - O Caçador de Sonhos", da editora Dunya.

8 comentários:

  1. Que bom que voltou a escrever no blog, estava sentindo falta, venho todos os dias olhar se tem alguma coisa nova. Esse homem cilada é de arrancar os cabelos de raiva. E tem um monte por aí, eu mesma já fui uma vítima. Mas com o sofrimento aprendi a reconhecer o tipo e nem me aproximar mais. Bj!

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  2. Quanto tempo aqui hein tia :~
    Pois é, já topei com um desses, não preciso citar nome né!? HAHA
    Mas tô esperta, acho que não caio mais num pecipício desses (espero)! O texto ficou ótimo como sempre tia.

    Beijão tia :*

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  3. KKKKK!!!! Este tipo "Cilada" é cruel... Já conheci muitos assim, mas ainda bem que não cai na "Cilada" deles...

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  4. Caríssima!

    O texto da Beth peca por um problema básico, que Freud analisou há mais de 100 anos: ninguém, a não ser você mesmo, pode ser responsabilizado por sua felicidade ou infelicidade, já que ela está no mundo interno e não no externo. Todos somos responsáveis por nossos atos e por aquilo que conquistamos, seja para o nosso bem, seja para o nosso mal.
    Me parece que esse é o centro da questão.
    O texto da Beth coloca a mulher numa posição subalterna, menosprezando a sua capacidade de escolher o que é bom para ela e de entender o que precisa, interna e externamente. Me incomoda essa atitude de tratar a mulher como uma coitadinha, facilmente manipulada e sujeita à sanha do homem, mais esperto e dominador da situação.
    A impressão que fica, que obviamente não pode representar o mundo real, é que todos os homens atenciosos e/ou charmosos são falsos. E que todas as mulheres são deficientes racionais, incapazes de saber do que precisam e de analisar a realidade. Não dá para ver que nos últimos 30 anos o feminismo, que transformou positivamente milhões de mulheres, chamou a atenção de muitos homens e também os transformou, levando-os a repensar suas maneiras, atitudes e formas de relacionamento?
    Eu prefiro acreditar que existem homens e mulheres em evolução, capazes de construir relacionamentos verdadeiros, longe dos padrões patriarcais.
    Abraços amiga.

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  5. Olá! Antes de mais nada quero agradecer pela participação e apoio de todos os leitores. Quero especialmente agradecer pela participação do novo leitor, aqui identificado como "Geografia ao Vivo", que nos prestigiou com sua visão masculina a respeito do post em questão. Acho muito legal quando um homem expressa seu ponto de vista de maneira tão clara (raríssimo!).

    Concordo inteiramente quando diz que a felicidade é algo que depende única e exclusivamente de cada um. Aliás, por coincidência, é algo que citarei no post de hoje. Particularmente tenho a convicção de que todos os meus êxitos e fracassos são de minha inteira responsabilidade.

    Mas não acho que o texto da Beth Valentim rotule todos os homens charmosos e atenciosos como falsos. Entendo que há uma parcela que infelizmente se enquadra com perfeição na descrição feita por ela. Eu mesma conheço homens assim, da mesma forma que conheço outros tantos que são genuinamente interessantes. Vejo que ela se dirigiu àquelas mulheres que se deixam cegar pela paixão e se permitem manipular por homens pouco escrupulosos, sofrendo bastante por isso (algo que se justifica, mas que obviamente é inaceitável).

    Vou além: acredito que até mesmo homens pouco escrupulosos podem ser muito atraentes e excelentes companhias, desde que quem se envolva com eles tenha plena consciência disso e não alimente expectativas inatingíveis. Creio que foi isso que a Beth quis transmitir. Que justamente tudo é apenas uma questão de escolha, que as mulheres devem estar atentas para não criar falsas ilusões quanto a homens que com suas atitudes nebulosas estabelecem limites claros para o futuro da relação. E exatamente por isso não devem se fazer de coitadinhas depois, caso aceitem viver uma situação assim.

    Um grande beijo a todos!

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  6. Enquanto as mulheres carregarem este estigma de vítimas de um mundo onde os homens são os grandes carrascos, as relações tendem a ficar cada vez frágeis, sem uma base segura para se desenvolverem e fortalecerem. Independente de homem ou mulher, acredito muito na individualidade de cada um e na capacidade de discernimento do que é certo ou errado, dependendo do contrato estabelecido pelas partes em uma relação.
    Tânia, mais uma vez parabéns pelas postagens.

    Um grande abraço!

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  7. não conhecia seu blog, mas é uma honra estar despertando tantas reflexões sobre o texto que escrevi...adorei todos os comentários - inteligentes e criativos. obrigada por ter transmitido a idéia em seu blog - das dificuldades que algumas mulheres têm em identificar tipos como esse...aliás, apesar do tempo ter passado, o amor, a paixão, muitas vezes parece não ter evoluído...mas fazer o que? vamos praticando...e, de certo, chegaremos ao que for melhor para nós, mulheres.uma poção de cinderela faz muito bem, mas ser borralheira a vida toda, não dá não. e pode acreditar! existem muitas mulheres assim,ainda,infelizmente.
    bjks
    beth valentim

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  8. Beth,

    A honra por ver sua participação aqui é toda minha. Saiba que acompanho seu trabalho através do Bolsa de Mulher e admiro demais seus textos, é uma das minhas autoras favoritas.

    Aliás, mesmo sem saber, você já me ajudou imensamente e agora fico extremamente feliz em poder agradecê-la diretamente por isso.

    Da mesma forma, não tenho dúvida de que tantas outras mulheres também têm tirado o máximo proveito das idéias que você transmite. Realmente os tempos mudam, mas as relações humanas ainda provocam (e creio que sempre provocarão) muitas inquietações. Ainda bem, né? Isso significa que jamais deixaremos de ser humanos.

    Querida Beth, obrigada mais uma vez e um grande beijo!

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