segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Há um montão de vida depois dos 40!

Apesar de adorar música, não tenho paciência pra assistir musicais, especialmente em DVD. Mas fiquei encantada ao assistir "Mamma Mia!", um filme de 2008, com Meryl Streep (fabulosa, como sempre), Pierce... aaaaaiiii!... liiiiiindo!... Brosnan, Stellan Skarsgard e Colin Firth. Trata-se de uma versão para o cinema do musical que faz um enorme sucesso na Broadway, onde está em cartaz há mais de 10 anos.

Com uma fórmula bem simples, sem grandes cenários - e nem precisava, com aquele marzão grego ao fundo - ou coreografias muito elaboradas, o filme é uma graça. A interpretação é divertidíssima, bem descontraída. Achei muito legal a amarração que foi feita com os figurantes, parte fundamental do elenco, já que formam o coro para as músicas. 


O que também me chamou a atenção foi o fato de que notoriamente algumas canções não foram gravadas em estúdio e os vocais foram captados durante a própria filmagem, dando um realismo legal pras cenas. 


A trilha sonora dispensa comentários: ABBA, que simplesmente A!D!O!R!O!!! E podem falar que é brega o quanto quiserem, porque nem tô (ombrinho balançando, tá vendo?)... Minha identificação com o filme foi total. 


Fora as músicas, que remetem aos bons tempos da minha adolescência, foi uma delícia ver a espontaneidade da mulherada quarentona. Me vi direitinho em Donna, personagem da Meryl Streep, uma mulher que sabe bem o que quer, que pula, ri, se diverte, mas mesmo assim é encanada até não poder mais. Tem também uma xará minha, Tanya (personagem de Christine Baranski), que leva um container de cremes pra onde for, assim como eu. Até estimulante à base de testículo de jumento a mulher carrega! Mais perua, impossível. Na verdade essa Tanya se parece mesmo é com uma amiga minha, que se tivesse nascido homem, certamente seria uma drag glamurosíssima. Bem, nesse ponto acho que não fico atrás, afinal, se eu tivesse nascido homem também seria um belo traveco (aí acho que o melhor seria ficar na frente, né? Hehehe!). 


De forma geral, a reunião animadíssima dessas mulheres é bastante parecida com a relação que tenho com minhas amigas, também cheia de cumplicidade e muita risada. Mas o que achei sensacional, mesmo, é que nunca um filme captou tão bem a essência das mulheres maduras, provando que existe um montão de vida depois dos 40. As três protagonistas mostram isso com tremenda naturalidade, aprontando farras dignas de adolescentes maluquetes, sem o menor receio de cairem no ridículo. 


Oras, é isso aí! Há momentos em que o importante é curtir a vida com a intensidade que ela merece. Que se danem as marcas do tempo, a seriedade, os compromissos, o paralisante Botox! Na cena que considerei uma das melhores do filme essa alegria de viver aflora magnificamente, com as mulheres largando tudo pra trás e sacudindo as meninas que estavam adormecidas dentro delas. Não tenho a menor dúvida de que o elenco se divertiu de verdade ao gravar isso, olha só que delícia:


Mamma mia!... E não é que essa vida é bela mesmo?!

20 comentários:

  1. Wow.....Tania,
    também assisti esse filme e ele realmente é demais, a equipe conseguiu com muita simplicidade fazer um filme que consegue prender nossa atenção do começo ao fim, também indico.
    Quanto a ter vida após os 40, que bo que você agora consegue sentir isso. Não sei é coisa da idade, mas, muita coisa é bem melhor após os 40.
    Ah melhor não entrar em detalhes não né? Afinal esse é um blog de familia.....Putz o marujo tinha que soltar alguma não?...ahauhauahuah

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  2. Eu amei o filme… Meryl, como sempre, belíssima, mostrando o que é envelhecer com beleza e uma serenidade estampada naquele rosto que ainda me parece de criança… Adoro Meryl e, a cada atuação dela, me apaixono mais por ela!!! Pierce, oh Pierce… Lindo como sempre!!! Envolvente como sempre!!! E a fotografia do filme… Sem palavras para descrever as belíssimas paisagens gregas…

    Cantei as músicas dentro do cinema (baixinho, claro) e saí com uma vontade enorme de pegar minhas plumas, paetês e bota cano longo (sim, eu tenho plumas e paetês) e ir requebrar, virar a própria Dancing Queen…

    Perfeito! Divertido! Espirituoso! Nota 100000000000000000!!!

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  3. Não conheço uma única pessoa que tenha visto esse filme e não tenha ficado mais feliz depois. Eu também recomendo, é um antídoto contra a tristeza. A história é leve e divertida, a paisagem é linda, as músicas são ótimas, vale a pena ver. Bj!

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  4. Com certeza sim, é depois dos 40 que a vida fica melhor!!! Vou tentar ver esse filme!
    Há um selinho para você no multivias. Com carinho!
    Luísa

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  5. Bela dica, simples e sábia, a alegria de viver, independente do tempo. ney.

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  6. AMEI esse filme! É realmente muito bom!
    Eu já sou suspeita pra falar pq adoro musicais, mas esse filme é realmente surpreendente. Me fascina como os roteiristas do musical conseguiram adaptar tão bem músicas e história!

    Beijos!

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  7. Tânia, muito boa a perspectiva que você colocou sobre esse filme, que realmente é ótimo. É super engraçado, com ótimos atores, paisagens belíssimas e uma trilha sonora fantástica. É daqueles que dá mesmo vontade de sair dançando junto com os personagens e bater palmas no final de cada cantoria.

    Aproveitando, também quero deixar a dica de um livro que fala sobre o tema que você abordou nesse post. É o "De Bem com a Vida depois dos 40" - Regan Marie Brown, que mostra que a vida da mulher madura não é um conto de fadas, nem um pesadelo, mas uma aventura no mundo real a ser saboreada e compartilhada. Que as mulheres dessa idade já aprenderam a maioria dos ensinamentos da vida e, por isso, têm a perspectiva certa para desfrutar de cada minuto da sua jornada livres, perseguindo seus sonhos com mais autoconfiança, sabedoria e força interior.

    Um grande abraço!

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  8. Olá amiga. Eu adoro a Merly Streep e por isso tento ver sempre os filmes dela; fui ver este e não sabia dos dotes dela como cantora; pouco tempo antes tinha visto uma entrevista onde dizia que sempre quisera ser cantora e não actriz, mas por circunstâncias da vida seguiu outro caminho. Adorei o filme; vim de lá encantada com as músicas e com ela é claro; vim com a alma leve; aliás eu adoro cinema, mas não gosto de os ver em casa,; gosto de ir às salas de cinema.Por hoje é só, amiga; faço sempre uns comentários longos...não consigo escrever pouco; não sei se é defeito ou qualidade; só sei que sou assim. Um beijinho e até breve.
    Emília

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  9. MARINHEIRO: Olha, não vou te dizer que foi fácil ver alguma vantagem em ter mais de 40, porque não foi. É complicado entrar no "enta", porque você sabe que daí pra frente será sempre assim: cinquENTA, sessENTA e por aí vai... Mas, de repente, me dei conta de uma coisa muito legal. "Entas" à parte, eu, Tânia, serei exatamente sempre a mesma. Mais velha sim, um pouco encanada (ainda!), mas também bem mais experiente, mais livre e muito, muito, muito MAIS FELIZ!

    MÁRCIA: Pois é, tenho a mesma impressão quando vejo certas mulheres, que sabem como envelhecer com beleza. Mas isso, com toda certeza, embora pareça conversa mole, é o que vem de dentro delas. Não há plástica, Botox ou qualquer outro artifício que possa transformar um estado de espírito. Nada nesse mundo pode ser melhor pra pele do que estar de bem consigo mesma e se amar até não poder mais.

    HELENA: Com toda certeza ninguém resiste a esse filme. Sei lá o que tem nele, mas que traz uma alegria danada, ô se traz! Excelente antidepressivo!

    LUÍSA: Veja mesmo, vai adorar! Vi bem poucas críticas menos entusiasmadas a respeito desse filme, sempre vindas de adolescentes. Talvez porque não curtam a trilha sonora e também porque ainda têm um tantão de coisas pra aprender. Ah, e obrigada pelo selinho, viu? Lindo, adorei!!!!

    NEY: E ser feliz não é sempre a melhor saída? Aliás acho que é a única!

    KARINA: É verdade, você destacou uma característica bem importante desse filme. A adequação da trilha sonora à história e à interpretação dos atores foi perfeita mesmo. Acho que por isso é que tanto o filme quanto a peça na Broadway façam tanto sucesso.

    ADRIANA: Mas é isso mesmo! Acho que todo mundo que assiste tem vontade de cantar e dançar junto, é bem contagiante mesmo. Quanto à dica do livro, adorei e já anotei aqui. Não conhecia e vou tratar de comprar, me interessou bastante.

    ROSA: Ah, fala a verdade, vai! Você assistiu o filme e, logo em seguida, correu pra colocar seu comentário aqui... Que palavras gostosas de ler, obrigada! Seja sempre muito bem-vinda aqui, viu?

    UCHA: O seu blog também é bem legal, já estive lá e recomendo. Que bom te receber aqui também, volte sempre, viu?

    EMÍLIA: Meryl Streep cantando também me surpreendeu bastante. Aí fiquei aqui só pensando: caramba, será que tem alguma coisa que essa mulher não faça direito? Fantástica mesmo. Ah, tem toda razão, também prefiro ir ao cinema. Tenho certeza que um filme como esse causa um efeito ainda melhor quando visto na telona. Até porque, só o fato de você sair pra ir ao cinema já significa diversão, né? Juntando isso com a mensagem tão positiva do filme, imagino que a pessoa saia do cinema levitando! Olha, por favor não limite seus comentários. Escreva, escreva, escreva muito e sempre!!! Se tem uma coisa que adoro nessa vida é ler, então estará me fazendo uma grande gentileza, viu?

    BEIJOCAS!!!

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  10. Olá minha querida amiga...
    Cá estou para agradeçer a tua visita e companheira.e tanta simpatia...continuação de uma boa semana..muita inspiração e milhentos bjinhos!!!
    Rosa

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  11. Mamma Mia tem esse cheiro forte de que a vida continua, sem resignações ou de que apenas os jovens podem tudo. Saudações!

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  12. Tbm vi o filme, achei divertido, e se as músicas do ABBA são bregas.... cara eu sou breguérrimo...pois simplesmente adorei, e tem mais tenho uma sobrinha de 8 anos que tbm adorou a ditas músicas, então acho que nasci em uma família de gente brega!!! rsrsrsrs tbm dou de ombro prá quem não gostou....
    Quanto a vida depois dos 40, quando eu chegar lá,te conto... porém acho que para viver não tem idade... tem é VIDA e assim mesmo maiúscula... de viver mesmooooo, com 20,30, 40 ou 70 o importante é estar vivo e sentir-se vivo... Mamma Mia como escrevi bobagem....
    bj meu.

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  13. Rá! Eu tenho uma cópia "lezítima" e assiti umas 5 vezes e a melhor foi quando assisti com amigos "entões" e nos refestelamos cantando, dançando e imitando a Meryl, o Pierce e cia. É fantasia de muuuuita gente fazer parte de um musical, c/ trilha do Abba então...não tem tristeza certa...

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  14. Oi Tânia,

    Tem uma brincadeira lá no blog, te indiquei...Quer participar?

    Beijos :)

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  15. "existe um montão de vida depois dos 40"

    Nenhuma dúvida. Quando der vou ver o filme.

    Beijos

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  16. Olá Tânia,

    Ando perdendo coisas boas por aí!

    Esse trechinho do filme é fantástico, me senti uma menina de 48 anos, se divertindo com tantas outras meninas de 20, 30, 40, 50...

    Eu diria que há muita vida depois dos 40 e antes tb. É preciso gostar de viver e não, simplesmente, não querer morrer.

    Adorei o post. Um grande bj

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  17. Toda idade tem sua beleza! =D

    Hey, obrigado por retribuir minhas visitas... É, misturo chapolin com Datena, aliás to numa fase de raiva do Datena! To martelando em cima dele pq esse programa entrou em casa e o Klaus que entrou esses dias na bela vida adulta volta a ouvir cada coisa de seus pais que até assusta! Tudo bem, eu não respondo... a culpa só pode ser do Datena. :P

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  18. Oi Tânia,

    Ótimo que vc apareceu!
    Não precisa se desculpar, a vida é assim mesmo...
    Espero que esteja tudo bem contigo e com o teu filho.
    Adorei o comentário sobre os livros usados, sinto dessa mesma forma.
    Hoje conheci uma professora aposentada que faz um trabalho lindo, ela montou na casa dela uma pequena biblioteca e empresta livros, fiquei encantada...
    Vou voltar lá para garimpar uns tesouros (adoro!!!!) e doar alguns livros.
    Ler é tudo de bom!

    Beijos e saúde pra vcs! :)

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  19. ROSA: Você é muito carinhosa, obrigada por estar aqui, viu?

    HNETO: Isso mesmo, o filme mostra claramente que viver intensamente independe de idade, que todo mundo pode tudo, basta querer.

    MÁRCIO: Não há bobagem alguma nas coisas que disse, oras bolas! Pois é, também conheço um montão de gente jovem que curte as músicas do ABBA. Afinal, algumas delas se transformaram em verdadeiros hinos, né? Ah, então quer dizer que está longe dos 40? Hum... Sei. kkkkkkk!!! Bom, então quando chegar lá vai saber com conhecimento de causa que é mesmo como você pensa: a VIDA precisa ser sempre maiúscula.

    ROSE: Tem uma cópia com "la garantia soy jo"? kkkkkkk!!!! Ótimo, esse é mesmo um filme pra ser visto e revisto. Quanto à cantoria que se seguiu entre você e seu povo durante a exibição do filme, não estranho nada. Não apenas porque a conhecendo como conheço sei que é capaz de coisas ainda mais insanas, mas, principalmente, porque eu também faço a mesma coisa. Inclusive me identifiquei demais com as atrizes do filme, que cantam "Dancing Queen" com tubos de desodorante fazendo as vezes do microfone. Faço igualzinho, acredita? Mais caduca impossível! kkkkkkkk!!!!

    FRED: Espero que a essa altura já tenha assistido ao filme. Acredite, vale mesmo a pena!

    IRA: E não é assim mesmo? Especialmente nessa cena que mostrei a gente lava a alma, porque não há mesmo cronologia capaz de matar as meninas que temos dentro de nós. Que bom que é assim, né?!

    KLAUS: Mas é claro que a culpa de tudo só pode ser do Datena! Mas, pera... Não sejamos injustos, vai!... Também deve ter um dedinho do Galvão Bueno no meio desse turbilhão que se formou na sua vida. Só pode! kkkkkkkk!!!!

    PATI: Você é muito querida, viu? Obrigada pela preocupação, agora ele já está bem melhor. Ah, garimpar livros antigos é mesmo uma delícia! Uma coisa que adoro fazer é frequentar sebos. Bom, de qualquer maneira, novos ou velhos, os livros são mesmo um tesouro, você está certíssima!

    BEIJOCAS!!!!

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