domingo, 6 de abril de 2008

Forte ou meiga?

Uma coisa que considero fundamental é ter coragem de se expressar. Para as mulheres, particularmente, esse é um grande desafio. Expressar força pode criar tanta ansiedade quanto expressar ternura.

Algumas mulheres sentem-se bastante apreensivas por serem fortes, agressivas ou ambiciosas. Temem que essa força e autonomia de alguma forma possa fazer com que sejam rejeitadas. Por outro lado, expressar ternura também pode ser difícil, já que quando a mulher se entrega livremente torna-se exposta e vulnerável à rejeição, sendo facilmente magoada.

É preciso ter coragem para expressar força e ternura. Descobri isso há pouco tempo e não foi fácil vencer os obstáculos que me impediam de adotar um novo comportamento em relação à maneira como me expressava com pessoas queridas. Inicialmente ficava aquele sentimento de "essa não sou eu!". Aí percebi que visualizar uma nova imagem de mim mesma seria o primeiro passo para a conquista de uma mudança concreta. Afinal, por que uma mulher não pode ser forte e meiga ao mesmo tempo?

Esse é um processo complicado, a gente se sente travada no início, mas é importante praticar. No começo a sensação é de embaraço, de estar sendo boba, mas logo tudo se torna fácil, natural e muito gratificante. É bem legal se sentir segura, confiante e carinhosa ao mesmo tempo. Ser esperta é avançar para a experiência e não permitir que preocupações, inseguranças ou ansiedades dominem o nosso jeito de ser e de se expressar com o mundo.

2 comentários:

  1. Oi Tânia!

    Quero expressar minha felicidade em estar aqui nesse espaço.

    Há uma áurea acolhedora nele; há um despertar de novas idéias e também de continuidade. Você conseguiu imprimir bons sentimentos - mesmo tratando de um tema sofrido. Considero-o até, como um mural de utilidade pública, afinal, aqui se aprende como devem ser estabelecidas e vivenciadas as mais diversas relações.

    Forte e Meiga...

    Esse relato é muito interessante. À primeira vista, parece um paradoxo, afinal como ser forte, arrojada, independente, agressiva e ao mesmo tempo ser meiga, delicada e doce.

    Ora, estamos falando do ser mais completo que já foi criado: a mulher! Dela se extrai tudo isso - e muito mais.

    Os sentimentos quando são intensos, eles vêm acompanhados de efeitos colaterais indesejávais, como mágoa, raiva, pré-julgamentos etc. Mas, se são sentimentos verdadeiros e recíprocos, o que resta - e agora entro tema do seu blog - não são apenas sobras, mas sim o que realmente sempre estava lá, o que sempre norteou a relação, a própria essência e sustentabilidade de tal relação que são: carinho, admiração, bem-querer, "sintonias" e, mais ainda, um nobre sentimento, seja ele intenso ou mais brando.

    Parece que quando se fala: "de tudo fica um pouco..." pensamos inicialmente em restos, sobras, detritos...

    Em alguns casos, não vejo assim. Prefiro olhar sobre a ótica da lapidação, onde, num primeiro momento, o que é um enorme pedregulho, sem forma, áspero, difícil de se carregar, sem atrativo algum, ao passar pelo processo de lapidação e toda a magia que há nessa transformação, torna-se uma jóia... algo de inestimável valor e admiração.

    Talvez houve um exagero na descrição acima, mas somos nós os condutores das nossas vidas. Temos a capacidade de extrairmos coisas boas de experiências ou fatos desagradáveis. E, se somos capazes de fazer isso com passagens nebulosas, o que dirá das boas histórias vividas, dos momentos de encantamento e de prazer?

    Não vou citar na íntegra, mas sei que sabes a lendária frase de Che... gostaria apenas de adaptar para a realidade aqui proposta: Forte, sim! Mas, Terna e Meiga!

    Te desejo sucesso com esse blog. Que ele venha lapidar relações, aparar arestas e que os visitantes se sintam acolhidos e tocados por suas histórias.

    Beijos!

    Roland

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  2. Oi Roland! Que legal ver sua participação ativa nesse espaço.

    Essa postagem considero bastante especial, porque creio que assim como eu, outras pessoas também tenham grande dificuldade em se expressar sem levar em conta certos obstáculos.

    Foi com uma experiência recente que aprendi algo bem importante: ser forte não significa ser rude, ao mesmo tempo que ser meiga não significa ser fraca.

    É muito bom se expressar livremente sem grandes preocupações.

    Obrigada pela participação!

    Beijão!

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