sexta-feira, 30 de maio de 2008

Homem ioiô. Você já foi vítima dele?

Nas minhas andanças cibernéticas em busca de textos que desvendem o universo masculino, encontrei esse que achei genial. A autora é Verônica Volúpia. Ela define com muita clareza um tipo de homem muito comum, com o qual várias mulheres já se depararam algum dia. Veja se não é assim mesmo:
Por que será que um "ex" vai e volta, vem e vai, volta e vem, enfim, dá mais voltas do que um ioiô em manobras radicais?
Primeiro,o óbvio: um homem vem porque você tem algo que ele deseja. E vai, porque saciou o desejo. Ele vem, porque você deixa. E vai, porque você não consegue prendê-lo. Ele vem, porque talvez não tenha outra opção. E vai, porque talvez tenha. Ele vem, porque você diz "sim" quando deveria dizer "não". E vai, porque você diz "não" quando ele quer que você diga "sim". Está confuso? Vai ficar mais ainda. Um homem só insiste em vir quando não tem absoluta certeza de que você quer que ele venha. E só vai quando a certeza de que você quer que ele nunca mais saia da sua vida se instala em todos os poros dele. Um homem sempre volta, porque tanto faz ele vir: na ótica dele, está sempre indo.
"Um dos esportes que melhor define um homem, na minha opinião, é a corrida com obstáculos. Os obstáculos são todos iguais, da mesma altura. A técnica de pular é sempre a mesma. A força do impulso, idem. O que me fascina? Eles não desistem. Os homens ioiô são como atletas desse tipo. Eles querem superar a todos e a si próprios."
Quando me deparo com um homem ioiô, a pergunta que menos faço é "por que ele voltou?". Pergunto "por que eu quero que ele volte?". Às vezes a carência pode inverter o que é realmente importante: o que você tira de bom no relacionamento. Quando alguém está comigo, a última coisa que questiono é porque essa pessoa me quer. Absolutamente, não me interessa. O que me interessa é o meu umbigo, ou seja, por que eu quero essa pessoa. O que ela tem que me atrai, que me encanta, que me fascina, que me dá vontade de engoli-la por inteiro. O que eu sou, eu sei. O que o outro enxerga que sou, bem, isso é problema dele. O que eu tenho para oferecer todo mundo sabe e, se não sabe, quando estiver comigo ficará sabendo.
Por que um homem vem e vai? Por esses dois motivos. Ele vem, porque sabe o que você tem para oferecer. E vai, porque não sabe o que as outras têm. E quer conferir. Minha dica? Tente ser as duas coisas: transparência e mistério. Mas não esqueça, antes de tudo, seja você mesma.
Mas, digamos que você esteja apaixonada e não consiga raciocinar direito. Ou que sua auto-estima não seja lá essas coisas e esteja no pé. Ou, ainda, que sua fissura no outro esteja fazendo você se esquecer do quanto é maravilhosa. Em outra perspectiva, se está se sentindo diminuída ou usada, porque o cara vem e vai quando quer e você está sempre ali, receptiva, mas não consegue dizer não a ele, porque a química entre vocês é bárbara; ou porque adora o cheiro dele; ou porque construiu muitos sonhos que a realidade provou serem pesadelos, mas você não consegue aceitar; ou porque nem sabe o porquê, é simples: mude o enfoque. Saia da posição passiva e assuma as rédeas.
Diga não algumas vezes para o seu ibope subir e ele sentir quem está no comando. Não diga "nãos" categóricos, claro, mas aquelas negativas com vozinha de lamento, do tipo "Ah, que coisa, hoje não vou poder, tenho outro compromisso, mas te ligo". Deixe ele ligar uma segunda vez e aceite. Quando estiver próximo da hora do encontro, cancele: "Nossa, só tem hora no meu massagista para hoje e eu não seria uma boa companhia sem massagem". É claro que ele vai oferecer massagem e muito, muito mais. Bom começo. Ao fazê-lo oferecer coisas, você baixa a bola dele: só ele já não basta, é preciso que se esforce em te agradar.
Um dos esportes que melhor define um homem, na minha opinião, é a corrida com obstáculos. Os obstáculos são todos iguais, da mesma altura. A técnica de pular é sempre a mesma. A força do impulso, idem. O que me fascina? Eles não desistem. Os homens ioiô são como atletas desse tipo. Eles querem superar a todos e a si próprios Se você colocar obstáculos aos homens, eles vão querer pulá-los. E que venham os próximos. Eles querem cruzar a linha de chegada e, se você for sempre igual e previsível, não vai ter graça. Você tem que ser autêntica, mas com graus de dificuldade. Dê uma rasteira no orgulho dele, pareça maior quando ele tentar saltar sobre você. Isso o enerva e fascina. Ele vai cair no chão, recolocar-se no lugar e tentar mais uma vez. Vai se adeqüar à sua altura, aos seus moldes. Mantenha-se firme, de pé. Se ele derrubar você, quem perde os pontos é ele. Como no ioiô, jogue ele pra longe. Se ele voltar, foi você quem puxou.
Na próxima postagem vou falar sobre o "homem-cilada", outro tipo que arrepia até os cabelinhos das narinas de uma mulher. Até lá!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Homens que deixam as mulheres com vontade de gritar - 4

Aqui encerro a transcrição de trechos do livro "Mulheres Inteligentes, Escolhas Insensatas", falando sobre os homens que deixam as mulheres com vontade de gritar. Veja o último tipo descrito:

O FERIDO AMBULANTE

Depois de uma separação ou divórcio, tanto os homens como as mulheres sentem naturalmente uma mistura de mágoa, amargura e rejeição. Felizmente, para a maioria das pessoas essas feridas saram com a passagem do tempo e o melhor remédio para cura completa é tornar a amar.

Homens e mulheres quase sempre sofrem igualmente, mas há ferimentos exclusivos nos homens, que merecem compreensão. O "ferido ambulante" pode levar as mulheres à loucura por algum tempo, mas acaba se curando e não pode haver dúvida de que é recuperável. Na verdade, esses homens muitas vezes se tornam excelentes companheiros, justamente porque se empenham por relacionamentos a longo prazo.

Há dois tipos básicos de feridas. A mais dolorosa, como não poderia deixar de ser, é a perda da companheira e, provavelmente, também da família. A outra é a perda da segurança financeira em decorrência do divórcio. Perder a estrutura familiar é arrasador para a maioria dos homens divorciados. Subitamente ele se descobre sozinho num apartamento ou quarto de hotel, sentindo-se perdido, desorientado e desamparado. Inveja a esposa, que freqüentemente continua a residir na casa da família, num ambiente seguro, conforme ele imagina. Pela primeira vez alguns homens vão compreender, de maneira triste e pungente, como era importante ouvirem "papai!" quando chegavam do trabalho.

Como esses homens parecem às mulheres que os encontram? Se acabaram de se separar podem parecer bastante atraentes, porque ainda não assumiram a postura prevenida de homens que vivem sozinhos há muito tempo. Podem ser também vulneráveis, o que é atraente para as mulheres, especialmente as que gostam de acalentá-los.

O homem recentemente separado é fraco, ansioso em falar e se revelar, embora muitas vezes essa tendência evolua para uma tediosa autocompaixão, que acabará levando a mulher à loucura. Ele tende a falar da ex-esposa e se queixar das muitas injustiças de que foi vítima. Esse aspecto pode se tornar tão chato que as mulheres não demoram a sentir o impulso de se afastarem. Um conselho: depois de algum tempo, não seja mais uma boa ouvinte. É terrível para ele chafurdar na autocompaixão e isso não tem nada de romântico para qualquer mulher.

Há mulheres que recomendam às amigas e dizem a si mesmas: "Fiquem longe de qualquer homem que acabou de sair de um relacionamento. Ele quer apenas uma babá. Assim que se recuperarem, vão sair em campo e deixá-las a ver navios." É verdade que ele pode ser extremamente dependente a princípio ou sentir necessidade de sair com várias mulheres, mas alguns dos melhores homens não permanecerão assim por muito tempo. Homens que já passaram por um casamento ruim querem entrar em outro relacionamento. O melhores homens não ficam sozinhos por muito tempo e não devem ser descartados tolamente.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Homens que deixam as mulheres com vontade de gritar - 3

Olá! Continuando com trechos do livro "Mulheres Inteligentes, Escolhas Insensatas", hoje mostro como foi descrito "O Eterno Adolescente". Muitos homens não se reconheceriam nesse tipo, acreditam que por já estarem com mais idade, são maduros e experientes. Na verdade isso nada tem a ver com o tempo cronológico, nem com experiências vividas. Trata-se de um comportamento que pode ser percebido até mesmo em homens de idade avançada. Vamos à transcrição:

O ETERNO ADOLESCENTE

O "eterno adolescente" interrompeu seu desenvolvimento na fase final da adolescência, por volta dos vinte anos. A crença não expressa e inconsciente desse homem é simples: "Vou ter 25 anos para sempre." Nem sempre é fácil perceber esse crescimento interrompido. Isso se reflete em sua constituição emocional e na redução da capacidade de participar plenamente em relacionamentos, a não ser nos aspectos internos superficiais de sua vida.

O "eterno adolescente" tem opiniões e interações um tanto superficiais com as mulheres. Diga-se de passagem que suas amizades com outros homens são igualmente superficiais. Ele percebe a si mesmo, muitas vezes, como um aventureiro. Mas a maior de todas aventuras - o casamento - é um evento para o qual nunca está preparado.

Ele pode, inicialmente, ser cativante e dizer frases que o fazem parecer maravilhoso. O problema é que ele é do tipo que abre uma possibilidade, mas nunca fecha um negócio. Esse tipo de homem é frustrante demais para as mulheres, pois vai se afastando pouco a pouco, principalmente quando elas querem aprofundar o relacionamento. Se ao menos ele fizesse alguma coisa horrível, a mulher ainda poderia se livrar e ficar contente. Mas ele não faz nada de repulsivo, pois seu único defeito é a relutância em crescer.

Dizemos que esse homem é recuperável, pois é mesmo. Com bastante tempo e paciência, a maioria dos homens acaba crescendo. Esse homem, apesar de todos os receios, é capaz de se tornar saudavelmente dependente de uma mulher. O erro que a maioria das mulheres comete é o de não compreender que ele necessita de uma companheira e pode estabelecer uma ligação profunda. Tipicamente a mulher pressiona com muita precipitação e, com isso, apenas o repele. Esse homem pode se ligar profundamente à mulher que o deixa desenvolver primeiro uma intensa necessidade da sua companhia. Somente nesse ponto é que ela deve começar a formular as saudáveis exigências de um compromisso, porque a esta altura ele já estará tão envolvido que não pensará mais em se esquivar.

Amanhã encerro essas transcrições com o "Ferido Ambulante". Até!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Homens que deixam as mulheres com vontade de gritar - 2

Como prometi na última postagem, hoje vou mostrar mais um trecho do livro "Mulheres Inteligentes, Escolhas Insensatas". Vamos descrever mais um tipo de homem que acaba enfurecendo as mulheres. Acredito que esse, aliás, seja o tipo mais comum, eu mesma já conheci vários assim. Então, vamos lá...

O MACHO PSEUDO-LIBERADO

No início de um relacionamento, o "macho pseudo-liberado" pode ser irresistivelmente atraente. É a personificação do homem moderno, o complemento perfeito e natural para a mulher de hoje. Aceita as mudanças da mulher e até as encoraja. Parece gentil, sensível, vulnerável, expressivo, revelador... Um sonho que se converte em realidade. Mas é um sonho que freqüentemente se transforma em pesadelo.

O "macho pseudo-liberado" é muito diferente do homem reservado que descrevemos antes. Muitas mulheres o encaram como uma mudança agradável, alguém que vai partilhar a si mesmo, ser franco com seus sentimentos. Isso é ótimo, só que alguns homens exageram. Mesmo quando começam a vislumbrar seus excessos, as mulheres geralmente não confiam em seus instintos... e não se afastam.

Esse homem esconde o fato de que é um sorvedouro emocional, um tomador. Sente-se tão feliz e aliviado pela oportunidade de legitimar sua insegurança e necessidade, que não compreende que está tomando sem dar. Acredita sinceramente que sua diarréia emocional é uma dádiva. Esconde seus temores e passividade por trás de um traje enganador de gentileza e sensibilidade... e espera que a mulher nada perceba de seus disfarces.

Esse homem tem um desempenho encantador nos estágios iniciais do relacionamento. É um mestre com as palavras, pode até ser poético. Sua produção de palavras é tão impressionante que a mulher pensa que deve se sentir acalentada. Em vez disso, porém, sente-se esgotada. Ele envolve sua necessidade de reafirmação num pacote tão bonito, que pode fazer a mulher se sentir privilegiada, necessária. Mas ela acaba percebendo que esse homem só parece estar interessado em falar do relacionamento... ou de si mesmo! Ela quer gostar dele. Pensa que deve gostar dele. Afinal, não é um homem expressivo? Não está "em contato" com seus sentimentos? Por que, então, a deixa com vontade de gritar? Talvez seja porque ela finalmente compreende que ele prefere falar sobre o relaionamento do que ter um relacionamento.

Esses homens são sensíveis, o que pode ser uma experiência revigorante. O problema é que, à medida que o tempo passa, torna-se cada vez mais evidente que sua sensibilidade é unilateral, concentra-se sistematicamente apenas neles. Um relacionamento com um homem excessivamente emocional pode acabar levando a mulher à loucura. Estar com um homem assim é conversar demais a respeito dos sentimentos dele por você, pelo relacionamento e por si mesmo.

O reservado é muito contido, enquanto o macho pseudo-liberado, extremamente sensível, não tem qualquer restrição. Ele exibe suas inseguranças como medalhas no peito. Tentar libertar esse homem do seu problema emocional pode fazer uma mulher se sentir forte e poderosa, mas é uma armadilha. É melhor deixá-lo sozinho, entregue a si mesmo. Isso pode até ser um favor, pois então ele seria forçado a enfrentar pessoalmente suas inseguranças, de dentro para fora, em vez de tentar atribuir isso a alguma mulher que se mostre disponível para ele.

Alguns homens que deixam as mulheres com vontade de gritar são fundamentalmente irrecuperáveis. A mulher esperta passa ao largo de homens assim, por mais interessantes ou atraentes que possam parecer na superfície. O reservado e o macho pseudo-liberado são homens que merecem esse tratamento de distância.

É isso aí... Amanhã tem mais. Falarei sobre "O Eterno Adolescente". Até!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Homens que deixam as mulheres com vontade de gritar - 1

Como falei na postagem anterior, andei pesquisando de que maneira os homens interpretam determinadas situações. Parece brincadera, mas é muito bom encarar certas situações pela ótica deles. Não que sejam menos complicados que nós, mas há muitas coisas que exigem maior objetividade, uma dose extra de realidade. As mulheres tendem a romantizar a vida, em especial os próprios homens. Já eles também alimentam fantasias com as mulheres, mas de forma diferente. Pode-se dizer que a maioria das fantasias masculinas são sexuais, enquanto quase todas as fantasias das mulheres são de relacionamento.

Tudo isso, evidentemente, reside no condicionamento que ambos recebem desde a infância. Eles são direcionados para uma vida de ação, domínio e autonomia, enquanto as mulheres aprendem a importância da educação e do romance. Em resumo, eles existem para "fazer acontecer" e nós, lamentavelmente, para "o que vai acontecer conosco". É claro que essa não é uma regra e, felizmente, esse quadro vem se modificando radicalmente. Atualmente é muito difícil encontrar uma mulher que possa desejar o casamento antes de sua realização profissional, por exemplo.

Um livro que acho muito legal e fala com bastante clareza sobre tudo isso é Mulheres Inteligentes, Escolhas Insensatas, da Editora Rocco. Escrito por dois renomados psicólogos americanos, os doutores Connel Cowan e Melvyn Kinder, o livro fala sobre as escolhas insensatas que mulheres inteligentes podem fazer e contém dezenas de relatos de pessoas que passaram por sua clínica. Mostra, ainda, uma boa análise dos motivos da insatisfação de tantas mulheres que convivem com exigências e expectativas infundadas. Este livro vem sendo reeditado há muitos anos, sempre com muito sucesso (meu exemplar, pra se ter uma idéia, é de 1986).

Um capítulo muito interessante é o que fala sobre homens que deixam as mulheres com vontade de gritar. Os autores estabelecem quatro tipos diferentes: o "reservado", o "macho pseudoliberado", o "eterno adolescente" e o "ferido ambulante". Hoje mostro aqui uma transcrição do livro, que fala sobre o primeiro tipo. Nas demais postagens, falarei sobre os outros.

HOMENS QUE DEIXAM AS MULHERES COM VONTADE DE GRITAR

O Reservado

Alguns homens irradiam uma mística intensa, que deriva de uma natureza basicamente egoísta, retraída e cautelosa. Esse tipo de homem pode ser tão perigoso quanto atraente e intrigante. Uma mulher pode ser atraída para o que julga ser força na dureza insensível desse homem; pode também sentir-se potencialmente tranqüilizada por essa "força". Potencialmente, porque ele nunca se abre com absoluta sinceridade. Leva a mulher a fazer o trabalho emocional para os dois. Arma o cenário e ela dança ao redor, tentando ler seus pensamentos. Ele não lhe permite chegar muito perto. Ela adora e odeia isso ao mesmo tempo. Sabe que se sente atraída pela própria característica que está determinada a mudar.

O reservado teme suas necessidades de dependência ou conseguiu convencer a si mesmo de que não tem nenhuma. O reservado não pode se permitir precisar bastante de alguém para formar um vínculo íntimo e satisfatório.

Quando uma mulher se depara com esse tipo de homem pode acreditar que possui a poção mágica para mudá-lo e liberar nele aquilo que acredita ser a capacidade de amar, mas isso não acontece. Quanto mais uma mulher ama e se importa com esse tipo de homem, na verdade maiores são as possibilidades de afungentá-lo. A intimidade é sua inimiga, deixa-o apavorado. Se ele não fugir primeiro, a mulher vai se tornar tão frustrada por ter que fazer todo o trabalho emocional e dedicar tanta ternura em vão, que acabará encerrando o relacionamento... se for esperta.

Amanhã falarei sobre o "macho pseudoliberado". Tenho certeza que você logo vai identificar vários que já tenha conhecido. Então, até!

domingo, 25 de maio de 2008

Macho que é macho...

Inspirada pela Parada do Orgulho Gay que aconteceu hoje aqui em Sampa, resolvi falar um pouquinho sobre o macho que diz que é macho mesmo. Antes e muito oportunamente, deixa contar o que meu marido e meu filho acabaram de dizer aqui:

- Ô André, sabe por que hoje tinha pouca gente no jogo do São Paulo?

- Não, por que?

- É que a torcida tava desfilando na Paulista! kkkkkkkkk!!!!

- Hunf... Engraçadinho!

Pô, apesar de não ser são paulina vou ficar do lado do André. Afinal, comentário mais machista esse! Que culpa são paulino tem de ser tão... gentil?

Uma coisa que jamais tinha parado pra pensar é que se você quiser entender a língua que o seu parceiro fala ou digerir melhor uma invertida bem aplicada na sua pessoa, o jeito é descobrir o que os homens pensam sobre isso. Garanto que a ótica deles é totalmente oposta da feminina.

Se você acha que seu parceiro foge à regra e é uma belezinha, dê uma olhada no "Manual do Macho" e veja se ele não se encaixa em pelo menos um item no Capítulo 1 ou no Capítulo 2.

Aproveite pra ver como é que um ogro interpreta alguns cuidados femininos básicos, que se você não tomar, é porque é uma largada da vida, uma relaxada de primeira...

Macho que é macho tem casco de cavalo... Vale a pena não dispensar uma bela ferradura como acessório:

A vantagem de ser um ursão peludão é poder esconder cosinhas pouco dotadas, que é melhor não exibir nem no escuro...

Bem, ainda tem mais esses aqui... Vê se pode:

Aviso logo que não sou nenhuma feminista xiita e adoro os homens, principalmente os malucos que inventam essas atrocidades divertidas. E não é que tem macho que consegue ser criativo? Surpreendente!

sábado, 24 de maio de 2008

Que mico!

Ao dar uma olhadinha nos comentários aqui do blog, acabei rindo de um mico que cometi há muito tempo atrás e que generosamente minha irmã tratou de revelar publicamente. Justo quem foi me dedar!... Uma pessoa tão coordenada, com um senso de direção fabuloso, que jamais sai da linha. Mas tudo bem, melhor continuar falando dos meus próprios micos, senão ela volta aqui e cagüeta coisa pior.

Tive, tenho e certamente terei muitos motivos pra rir de mim mesma. E acho quem consegue rir de si mesmo faz uma das melhores coisas para seu auto-conhecimento, dá um enorme passo para uma vida mais saudável e feliz.

Fora aquelas coisas normais de entrar num lugar e não saber mais onde é a saída, falar algo quando a situação exige silêncio, rir fora de hora, fazer a descarga disparar no banheiro alheio, ficar presa dentro desse mesmo banheiro, derrubar isso e bater naquilo, confesso que aprontei algumas que entraram gloriosamente pra minha história.

Todo mundo que me conhece sabe do meu... digamos... receio... ah, receio não! Horror, verdadeiro pavor de um dos bichinhos mais truculentos da natureza: a famigerada borboleta. E nem adianta virem me dizer que o bicho é inofensivo, uma belezinha, coisa e tal, que borboleta, pra mim, é isso.Num dia desses (e nem faz muito tempo), estava eu caminhando pelo corredor do supermercado quando a quilômetros avisto a danada se aproximando. Sem exagero, a bicha era grande, uma asa-delta! Pensei cá comigo: "Tânia, depois de anos de terapia você é uma pessoa equilibrada, a dona do controle". E firme nesse pensamento continuei em frente. Um olho nas mercadorias, outro na safada... Fui me segurando e a bicha chegando... Comecei a suar frio e a bicha mais perto... Quando ouço o "plec-plec" do bater de asas do monstro praticamente na minha orelha, não deu outra: "Aaaaaaaaaaaaaai!!!!!!!". Berrar ao ponto de fazer todo mundo olhar pra mim não foi suficiente e ainda me agarrei numa senhora desavisada, que estava de passagem. A coitada ficou em pânico junto comigo, sem saber o que estava acontecendo. Expliquei o que houve, me desculpei, enfiei a viola no saco e sumi dali durante meses.

Tem outra: depois de um longo dia de trabalho e horas a fio na faculdade, quem é que não chega destruído em casa? Pois bem, há algum tempo atrás eu era um verdadeiro zumbi. Numa determinada noite, acabada, cheguei em casa, tirei a roupa de qualquer jeito, tomei um banho rápido e caí na cama. No dia seguinte, praticamente sedada de sono, vesti o que encontrei pela frente e fui pra Folha de São Paulo, onde teria que entregar um trabalho. Sem carro, tomei um ônibus e caminhei um bom pedaço até chegar lá. Já estava ficando meio cismada com tanta gente me olhando, mas, enfim continuei em frente, que se danem. Andei por todo canto, passei por diversas salas, até chegar onde precisava ir. Novamente todos os olhares na minha direção. De repente caiu o papel que estava na minha mão e ao abaixar pra pegar, tive a terrível visão: a meia fina (pretona) que eu usava no dia anterior tinha ficado dentro da perna da calça e não vi isso quando vesti. O que significa que tudo o que eu contei que fiz aí em cima foi com um metro de meia pendurado em mim e se arrastando pelo chão. Acredita que não teve um cristão pra me avisar? E pra sair dali e me ajeitar melhor? Minha vontade foi de me transformar num pum e evaporar!

Mas tem uma certa pessoa (e não digo quem é nem sob tortura) que fez pior. Quando ía saindo do ônibus, desceu dois degraus de uma vez só e, desequilibrada, foi cambaleando, cambaleando, cambaleando até bater "discretamente" na porta de ferro de uma loja que estava fechada. Depois do barulhão infernal veio o tombo, que deixou a normalzinha caída no chão, deitadona, esticada como uma lagartixa. Ao olhar em volta percebeu dezenas de olhos em cima dela. Era hora do rush e o ponto estava lotadérrimo. Numa dessas, eu juro que me fingiria de morta, no mínimo de desmaiada. Deixava chegar resgate, bombeiros, Cruz Vermelha e o raio que o parta. Nem por um decreto me levantaria dali. Tsc, tsc, tsc!

Nada disso, no entanto, ganha do pior mico real que já tive conhecimento. No final da década de setenta os caras usavam cabelão comprido, lindos, tremendões. E também nessa época era muito comum freqüentar as domingueiras, bailinhos pra paquerar e se divertir. Alguns carinhas tinham entre eles a mania de encher o saco dando uma bela pegada nos... nas... nos... testículos (tá bom assim?) do outro, por trás. Num desses bailinhos, um amigo do meu marido, sarrista de carteirinha, avistou no meio do povo um outro amigo, cabeludo como ele, conversando numa rodinha. Não teve dúvida: mandou a mãozona, sem dó nem piedade. Dureza foi ver a cara do dono da retaguarda, que não era o amigo que ele esperava. Pior, aquela busanfa tinha uma donA e ela estava acompanhada do namorado, inclusive. Fala sério, tem jeito de explicar um treco desses? Depois de uns belos safanões e da pronta interferência da turma do "deixa disso" o infeliz não voltou aos bailinhos tão cedo e vai ter que aturar o sarro eternamente.

Mas é assim mesmo. A vida tem seus imprevistos e contradições, nem tudo o que planejamos pode dar exatamente certo. O negócio é ter jogo de cintura, uma bela cara-de-pau e contornar as situações da melhor maneira possível, paciência. E, sobretudo, rir, rir demais.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Quando a chama se apaga

Um romance faz tudo ficar com um gostinho diferente. A semana passa mais rápido, o trabalho fica mais leve e a sexta-feira chega animada com a promessa de um fim de semana daqueles. O amor é para muitos um combustível e para quase todos sinônimo de pura felicidade. Até que as coisas comecem a dar errado. É justamente por conhecer as delícias da vida a dois, que fica tão difícil não sofrer com o fim de um relacionamento, mesmo os já fadados ao fracasso. Sendo assim, nem sempre os sentimentos seguem a ordem da razão, que acaba sozinha ecoando máximas como "ele não te merece" ou "vocês não combinam em nada". A separação é sempre dolorosa, por isso, é preciso saber agir nesse primeiro momento. É comum - mesmo quando o relacionamento já dá sinais visíveis de que vai mal - os envolvidos demorarem a se convencer de que devem passar a caminhar sozinhos. Por um tempo, os envolvidos ficam sem referências e essas referências precisam ser reencontradas. É aí que surge a dor. As pessoas se vêem perdidas, sozinhas, sem rumo. A melhor maneira de e sentir melhor, sem dúvida, é recuperar o amor-próprio que foi abalado. É claro que amar-se não vai livrar você de sofrer por amor. Mas o amor-próprio vai ajudá-la a sanar as feridas mais rapidamente, a se reerguer. Sabendo quem você é e do que gosta, fica muito mais fácil juntar os caquinhos e remontar-se como num quebra-cabeça onde a figura final é uma velha e querida conhecida. Fica muito mais fácil superar a fase do "Como assim ele não me ama mais... Como assim ele me matou dentro dele?". A morte em vida é a pior das mortes. Mas não precisa ser desta forma. Uma pessoa que nos abandona está nos dando um presente: está nos entregando a nós mesmas. Quantas vezes você teve o privilégio de tomar as rédeas da própria vida e galopar livre pelo amplo universo das infinitas escolhas? Não ter outra opção a não ser ficar sozinha significa ter todas as opções. É só uma questão de ponto de vista. Além disso, com o tempo você percebe que aquela pessoa não deixou apenas dor e sofrimento, certamente acrescentou algo positivo também. Se não fosse assim, você não se ressentiria pelo afastamento. Também sempre há a possibilidade de uma reaproximação, com outras bases, dentro de perspectivas mais maduras... Quem conhece os caminhos do coração? Dicas: - Dê tempo ao tempo. Quando vivemos algo intensamente, não importa por quanto tempo, é natural que com o afastamento a tristeza demore um pouquinho a passar. Mas passa! - Quando se sentir triste, desesperada com o que aconteceu, nada de ficar imersa na cama, fechada em casa. Se não tiver nada para fazer na rua, uma dica preciosa: trabalhe! Arrume gavetas, repasse aquele texto que ficou arquivado. Faça faxina geral em si mesma. Se enfie no chuveiro, que é mais saudável: lave o cabelo com o cuidado que não dá para ter no dia-a-dia e massageie o corpo com o óleo que tiver em casa. Vai sair renovada... - A esperança está dentro de nós. Dizem que o grão de mostarda, o menor grão que existe, se for plantado floresce que é uma loucura. Enche um lugar com os seus ramos. Portanto, se tiver uma pequena ação, pode lhe trazer bons frutos. Ficar esperando que algo novo aconteça só vai piorar as coisas. E, olha... Você pode ser a próxima estabanada a derrubar as coisas no chão e surgir alguém que lhe ajude a catar, combinado? Então, renove sua maneira de superar crises e seja feliz, sempre!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Que diabos se passa na cabeça de um homem?

Há duas semanas meu filho resolveu morar num apartamento mais próximo da universidade e do trabalho e, com isso, a casa se transformou num deserto. Mas um deserto organizado, limpo e impecável. Nos finais de semana a cena volta a ser aquela dos velhos (nem tão velhos assim) tempos: hor-ri-pi-lan-te! Difícil encontrar o sujeitinho no meio dos papéis amassados, pacotes de salgadinho e zinzilhões de latinhas de refrigerantes. O pior é que isso incomoda só a mim, meu marido acha normalíssímo e ainda me acusa de ditadora.

Resolvi pesquisar um pouco pra tentar entender porque os homens se sentem tão bem no meio da bagunça. Encontrei uma matéria na Superinteressante, que fala sobre o livro "What Could He Be Thinking?" (O que ele pode estar pensando?), do terapeuta americano Michael Gurian. Pois vi ali que a culpa não é dos homens que habitam meu lar... Ou pelo menos não só deles.

Segundo Gurian, o responsável por esse e outros comportamentos irritantes é o cérebro masculino (veja os casos abaixo). Apoiado em recentes descobertas da neurociência, Gurian tenta explicar até que ponto o choque entre os sexos é resultado de diferenças na fisiologia cerebral.

Sobre as mulheres, Gurian também diz coisas curiosas. Segundo ele, nós gastamos tanta saliva porque faz bem ao cérebro. Quando eu falo, o nível do hormônio oxitocina aumenta, causando efeito calmante (Hum... Será? Se fosse assim mesmo então eu viveria em constante estado "zen", porque uma coisa quase impossível é manter minha boca fechada). Além disso, já nascemos com o cérebro preparado para a falação. Os homens processam a linguagem somente na parte esquerda do cérebro, mas eu tenho seis áreas nos dois hemisférios para processá-la. Gostei! Não vejo a hora de contar essas novidades pros dois tiranos!

SITUAÇÕES IRRITANTES:

"SABE QUE DIA É HOJE?"

O hipocampo (sede da memória) da mulher é maior para emoções. É por isso que ele sempre esquece a data de casamento, o vestido que você usou naquele dia especial, o que ele disse para te conquistar etc, etc, etc...

"EI! FALA COMIGO!"

O homem é mais incompetente que a mulher para falar e fazer outra atividade ao mesmo tempo. Se você não quer que o cérebro masculino dê "tilt", evite tentar conversar quando ele estiver jogando videogame ou assistindo futebol.

"NÃO É FRESCURA!"

A mulher tem dez vezes mais sensibilidade na pele que o homem. Por isso, ele é incapaz de entender a dor que você tem quando quebra uma unha (que além da dor física provoca um trauma de proporções gigantescas, afinal só nós sabemos como demora pra unha crescer e ficar bonita).

"O QUE VOCÊ SENTE? FALA!!!"

A capacidade do cérebro feminino para transformar emoções em palavras é bem superior à masculina. O homem leva sete horas a mais que a mulher para processar emoções complexas. É bom não apressar muito o coitado.

"PÁRA DE TROCAR DE CANAL!"

Esse estranho hábito é útil para o cérebro masculino descansar e regenerar suas células. Lembre-se disso quando bater aquela vontade incontrolável de arremessar o controle remoto pela janela.

"MAS QUE CHIQUEIRO!"

Os homens são menos capazes de perceber detalhes visuais que as mulheres. É essa a razão de eles não pirarem no meio da bagunça.

Tá legal, admito, nós somos um tantinho (mas só um tantinho!) complicadas também. Eis algumas coisas que eles consideram bem irritantes em nós, vê se pode:

CISMAR QUE EM QUALQUER ANGU TEM CAROÇO

Eles dizem que temos a mania de cismar com qualquer coisinha, tipo:

- achar que ele vai encontrar a “princesa encantada” no boteco copo-sujo; - achar que está cheio de mulher dando mole no campo society; - achar que se ele falou A, é porque ele quis dizer B... E se não falou nem A, nem B, é porque está pensando C. (Tsc, tsc, tsc!)

FICAR BRAVA PORQUE ELE NÃO PERCEBE SUA MAIS RECENTE "MUDANÇA RADICAL"

Acredite, a não ser que você tenha o cabelo grande batendo na bunda, e resolver fazer um corte à Lá Joãozinho, ou que pinte seus cabelos pretíssimos de loiro oxigenado, eles dizem que é impossível para um homem macho-chô notar qualquer diferença em você. Pode até ser que ele te ache mais bonita, diferente… Mas nunca, nunquinha, descobrirá sozinho o porquê. Nem adianta brigar, just deal with it!

SE IRRITAR QUANDO ELE CONTA CASOS SOBRE EX-NAMORADAS...

(Chega de falar daquelas mocréias!)

...E ODIAR QUANDO ELE NÃO FALA NADA SOBRE AS EX-NAMORADAS

(Tá escondendo por que???? Aí tem!)

Ok, eu me rendo... A gente esquece que homem tem um modo de pensar totalmente diferente de mulher. Talvez, se a gente não cismasse tanto, a vida seria bem mais fácil, para ambos os lados. E viva as diferenças! É isso aí, melhor ser compreensiva. Mas que não seria nada mal se eles percebessem que nós é que temos razão, ah, isso não seria... Ih, não se pode nem brincar mais aqui?

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Cala-te boca!

Algumas pessoas sofrem do terrível mal crônico de falar o que dá na veneta, sem perceber que podem estar proferindo atrocidades. Há casos que são esporádicos, ou pelo menos controláveis, como o meu. Tento (mas nem sempre consigo) me policiar bastante: "Tânia, conta até dez antes de falar!". O jurássico ditado "em boca fechada não entra mosca", indiscutivelmente jamais sairá de moda. Este é um ditado italiano e foi criado quando a Ópera de Milão foi infestada, em 1887, por um enxame de moscas. Na hora das apresentações nem todas as árias eram encenadas e os tenores se justificavam diante do fracasso: "In bocca chiusa no entro mais musca". Hoje fui obrigada a ouvir um clássico saído da boca de um motorista de táxi, logo após uma barbeiragem: "Ah, tinha que ser!..." Oi??????? Cumequié??????? Tinha que ser o quê??????? Desconsertado ao se dar conta de que tinha feito um pequeno estrago, tentou remendar: "Mas tem mulher que dirige bem também, sabe? Minha cunhada é uma... É danada ela, dirige igualzinho homem!". Hã-hã!... Quem tem pênis é muito mas qualificado pra dirigir, afinal trata-se de um ser com duas cabeças (Tânia, conta até dez, já!). Mas falar besteiras não é privilégio apenas de simples mortais como nós. Celebridades com pouca capacidade de percepção também proferem pérolas, com uma certa freqüência até. Veja algumas: - "No futuro, os computadores não pesarão mais do que 1,5 tonelada." (Popular Mechanics, prevendo a evolução da ciência, 1949) - "Aviões são brinquedos interessantes mas sem nenhum valor militar." (Marechal Ferdinand Foch, Professor de estratégia, Ecole Supérieure de Guerre, Paris.) - "Viajei por todos os lados neste país, e posso assegurar-lhes que processamento de dados é uma ilusão que não perdura até o fim do ano." (O editor encarregado de livros técnicos da Prentice Hall, 1957) Agora, cá entre nós, essa ficará eternizada na história: - "Se está com desejo sexual, estupra, mas não mata." (Paulo Maluf, em palestra para estudantes de medicina durante sua campanha para prefeito, 1992) Aháááá! É claro que não deixarei de citar o campeão, hour-concours e filosófico Presidente Luis Inácio Lula da Silva (Tânia, conta até dez!!!). Como o espaço aqui é limitado só vou colocar algumas: - "Pelotas é exportadora de veado." (!!!!!!!) - "O futuro será melhor amanhã." (Jura?) - "A grande maioria de nossas importações vêm de fora do país." (Putz!) - "Se não tivermos sucesso, corremos o risco de fracassarmos." (Risco enorme!) - "Eu gostaria de ter estudado latim, assim eu poderia me comunicar melhor com o povo da América Latina". (Dããããã!!!) - “Estou aqui, ao lado do presidente mundial da Mercedes-Benz…” (Ao se referir ao presidente da General Motors, Richard Wagoner, em evento em que a GM anunciou investimentos de US$ 240 milhões ao país.) E até hoje Pelé não foi perdoado por dizer que o povo não sabe votar, algo que na época foi considerado extremamente ofensivo, acharam que teria sido melhor ele ficar de boca fechada. Mas pera lá... Depois de olhar as pérolas aí de cima você também não acha que ele tinha toda razão? Ih!... Conta até dez, Tânia!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Baixou uma drag em mim!

Andei meio jururu nos últimos dias e já cansada do baixo astral resolvi dar uma olhadinha nuns vídeos musicais do YouTube. Encontrei preciosidades, mas a solução pra espantar a urucubaca de vez surgiu no exato instante em que topei com Liza Minelli, magnífica, espetacular.

Não resisti e sucumbi a uma das minhas loucuras inconfessáveis, que revelo agora na tentativa de ajudar outras pessoas que estão na fossa: dublei a mulher. Cantei, dancei, dei um espetáculo digno da Broadway... Isso tudo, evidentemente, sem platéia, que não sou tão louca assim. Ah, que delícia de performance! Não há tristeza que resista, posso garantir. Também, fala sério... "New York New York" baixa uma drag até no mais chauvinista dos machões!

Uso e abuso do meu direito de ser mulher. Adoro badulaques, maquiagem, acessórios, plumas e paetês. Costumo dizer que se tivesse nascido homem a noite paulistana contaria com mais uma drag queen glamurosíssima, sem dúvida. Acho as drags geniais! São ícones da cultura gay e do bom humor, as rainhas loucas da alegria, que transbordam energia, pulsam frenéticas em transformações lúdicas, numa explosão de brilho e cores.

Bem, pra quem não sabe, o termo "drag" veio de uma gíria popular das comunidades britânicas do século 20 e se referia ao figurino feminino usado por atores de teatro. "Queen", como todo mundo sabe, significa rainha. Assim, Drag Queen passou a denominar o aspecto de realeza que as glamurosas desempenham na noite.

Outra identificação que tenho com elas parte do princípio que a influência deste movimento teve origem com a Disco Music, a trilha sonora dos meus anos dourados. Algumas das musas inspiradoras e imitadas pelas drags incansavelmente até hoje são Cher, Liza Minelli, Tina Turner e Donna Summer.

Como também me inspiro nessas divas pra realizar minhas mirabolantes performances artísticas, às vezes olho pra mim mesma e pergunto: espelho, espelho meu, existe alguém mais drag do que eu?

E xô ziguizira! Afinal... the life is a cabaret, old chum!

sábado, 10 de maio de 2008

Perdão é perda de dor

Hoje vi este texto de Saul Brandalise Jr... Achei perfeito: "Ser infeliz não significa simplesmente o oposto de estar feliz. A infelicidade passa a ser um estado compulsivo de vida, quando nos acostumamos com ela e nada fazemos para mudar. Normalmente, o inicio da nossa infelicidade está associado à nossa incapacidade de exercermos o perdão e eliminarmos os sofrimentos de causas e dissabores passados. Se você substituir a palavra perdão por perda de dor irá entender tudo. Perdoar é o mesmo que eliminar o limo da sua caixa d’água interior. Para que ele, o limo, serve? Para nada. Só para contaminar a sua água (má água) interior. Não podemos nos esquecer que nosso corpo físico é formado por 70% de líquido. Contaminá-lo é o mesmo que viver atolado no brejo. Logo damos espaço para a “dengue” em nossa vida. O Perdão, quando não exercido, tem uma companheira fiel e leal: a mágoa ou má água como queiram. Ambos, a ausência de perdão e a mágoa, são os maiores causadores de doenças degenerativas nas pessoas. Aqui começa a maioria dos cânceres nos seres humanos. Com eles iniciamos os estados depressivos porque estamos efetivamente falando de energia. Ela existe, mas não a vemos e não a tocamos. Simplesmente sentimos. É de nosso Livre-Arbítrio convivermos com a energia que queremos para formatar a nossa vida. Mudar este estagio SÓ DEPENDE DE NÓS. A agravante é que precisamos tomar atitudes. Agir e desafiar o nosso conforto. É mais cômodo não fazermos nada.Podemos, igualmente, associar a ausência do perdão com perda. Mas perder o quê? Perder a nossa capacidade de criarmos boas energias para a nossa vida. Este estado produtivo de boas energias é tudo o que precisamos para saber viver. As energias semelhantes se atraem. Efetivamente, quando contaminados por energias negativas, deixamos de viver e só pensamos em coisas ruins. Só conseguimos ver o lado equivocado das nossas futuras atitudes. Acabamos tendo dificuldades para tomarmos decisões. Alguns chamam isso de cautela... Eu chamo de covardia. A ausência de perdão acaba sendo refletida em nosso sexto chakra. Ele funciona como um diafragma. Para estar aberto é preciso que nossa mente esteja igualmente em estado de alegria, felicidade e amor. Baixou a energia, fechou o diafragma e só conseguimos ver as coisas que nossa energia alcança, ou seja, desgraça em cima de desgraça. Neste estado, olhamos para uma paisagem e nada vemos de bonito. Acabamos encontrando um poste de luz quebrado, uma defecada de pássaro ou qualquer coisa que nada agregue de valor ao que se está admirando. Na realidade, não conseguimos admirar. Como fazer então? Perdoar, viver sem mágoa e começar efetivamente uma nova vida, isenta dos sofrimentos passados, os quais nada acrescentam e só nos tiram a capacidade de vermos o que efetivamente faz a vida. Cuidado para não exercer o 'perdão social'. Este é falso. É da boca para fora. O verdadeiro perdão vem de nosso interior. De alma e sem ressentimentos."

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Decepção

Ultimamente ando triste e decepcionada... Acho que existe uma diferença fundamental entre desilusão e decepção. A primeira tem a ver com idéias ou fantasias que criamos sobre determinada pessoa ou situação que, com o tempo e a experiência, se apresenta totalmente diferente na realidade. A decepção é mais forte. É quando conhecemos algo ou alguém, temos uma idéia formada sobre isto e encaramos um revés, uma mudança sem avisos, um turbilhão de comportamentos e julgamentos diferentes do que havíamos conhecido e experimentado. É quando surge a dúvida mais cruel que uma pessoa pode ter em relação à outra, quando nos perguntamos: será que foi sempre assim e eu não percebi? Será que estava escondendo e me enganando o tempo todo? Em geral, por conveniência própria, negligenciamos os sinais que surgem e por isso acabamos magoados.

A decepção surge quando se coloca em jogo não apenas uma atitude ou comportamento, mas um conjunto de valores que extrapolam a questão pessoal e atingem o outro às vezes de forma deliberada. Não é raro que algo se apresente de um jeito por um tempo, depois acaba se revelando como realmente é. Quando mais achamos que uma situação está estabilizada, mais fácil acontece uma mudança brusca e coloca por água abaixo tudo o que foi sendo construído ao longo do tempo e na base da confiança. Quando somos vítimas de uma situação assim o sentimento varia entre a incredulidade e o trauma, muitas vezes a sensação é de humilhação, impotência... A tristeza é forte e deságua numa descrença imensa.

No entanto, quando somos nós que produzimos a decepção, que magoamos o outro, que mudamos o rumo da situação aí o enfoque muda. Apelamos para as forças das circunstâncias, para mil prerrogativas, artifícios, desculpas e alternativas. Nada mostra tanto a dualidade e a incoerência do ser humano como a sua capacidade de agir diante de uma decepção. Trata-se de um ser quando é alvo dela e outro quando a produz.

A ilusão é como uma névoa que nos embaraça a visão, distorcendo as imagens e os fatos que estão a nossa frente. E a decepção nada mais é do que perceber que se estava iludido, enganado sobre algo ou alguém. Mas acho que quando a decepção chega, devemos de certa forma até agradecer, porque finalmente podemos ver as coisas como são de fato e descartá-las ou conviver com elas de maneira mais realista.

Mas, embora amargurada, não pretendo deixar de valorizar as marcas positivas nas pessoas. Acho importante levar em conta que ninguém é perfeito e, principalmente, que devo deixar de idealizar as pessoas como eu gostaria que elas fossem. O fundamental é seguir sempre em frente, sem alimentar ilusões e com a lucidez necessária a fim de ver os fatos em sua real dimensão e importância, evitando maiores sofrimentos.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Rotina... Dá pra viver sem ela?

Todo dia ela faz tudo sempre igual,
Me sacode às seis horas da manhã...
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.

(Cotidiano - Chico Buarde de Holanda)
Hoje, quando resolvi que falaria sobre rotina aqui no blog, parti para uma ação rotineira antes de escrever: pesquisar um pouco sobre o assunto. Me deparei com um artigo que falava sobre os aspectos negativos da rotina e o quanto ela pode desgastar um relacionamento. O autor, então, recomendava a seus leitores que seguissem alguns conselhos enumerados por ele. Achei isso bastante engraçado e contraditório, afinal, ele propõe que para fugir da própria rotina, o leitor deve aderir à rotina estabelecida por ele.Ou seja: troque seis por meia-dúzia e seja feliz!

Achei interessante quando um amigo me disse que considerava que a rotina é que está salvando muitos casamentos, porque se sentir seguro em dias turbulentos como os que vivemos atualmente é um conforto. Isso contraria muitas opiniões, mas concordo com ele. Além disso, acredito que se o cotidiano for ruim, sair da rotina também será, porque a verdade é que o relacionamento é que está péssimo. O diferente será uma novidade boa apenas se a rotina for boa também, porque acho que só recebe bem o que é novo aquele que convive harmoniosamente com o que é habitual.

Digo isso com conhecimento de causa. Aprendi que só valorizamos algo ou alguém quando perdemos ou não temos mais sob nosso controle aquilo que imaginávamos não ter tanta importância. Só valorizamos a vida quando estamos impedidos de viver nossa liberdade ou nossa saúde está ameaçada. Percebemos a importância da família quando estamos muito longe de nossas casas.

Fora do Brasil já me peguei feito uma louca procurando por um restaurante onde pudesse comer arroz com feijão... Existe algo mais rotineiro que isso? E percebi que quando estamos longe das nossas origens é quando sentimos mais orgulho do nosso país, a maior alegria é esbarrar casualmente com um conterrâneo.

É óbvio que há aspectos negativos também em permanecer na mesmice, em especial no que diz respeito a relacionamentos afetivos. A rotina pode atrapalhar seriamente o convívio de um casal, mas também pode ser saudável, desde que se saiba lidar com ela. Segundo a terapeuta de casais Claudya Toledo, a rotina só é prejudicial se os hábitos do casal forem ruins. "A solução não é sair da rotina, é arrumá-la", afirma. A questão, no caso, é estabelecer uma organização doméstica a fim de que se possa cumprir satisfatoriamente compromissos familiares, profissionais e sociais. Fora isso, é importante usar a criatividade e temperar o dia-a-dia com alguns toques originais. Afinal, é aquela velha conversa: o prazer de ver um novo dia nascer só existe se houver a noite, assim como o inesperado só pode ser gostoso se existir o rotineiro. Se não fosse assim, que graça teria a surpresa? É por isso que na minha opinião é impossível viver sem rotina... Ruim com ela? Bem pior se ela não existisse.