quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Com você é diferente. Ô se é!


Há mulheres que são especialistas em se meter nas mais manjadas roubadas, porém jamais perdem a pose de poderosas. Comem o pão que o diabo amassou e Hitler assou por causa de trastes, mas cadê que reconhecem suas péssimas escolhas?

Conheço... acho que você também conhece... ou será que você é a própria?... Xiiiiii!... mulheres que de um lado vivem um relacionamento danado de ruim e, de outro, não sabem mais o que dizer - inclusive a si mesmas - para justificar as trairagens das desgraças com que se meteram.

Por que será que é tão difícil para uma pessoa apaixonada perceber quando um relacionamento não é e jamais será satisfatório? Simples: a ilusão de que com ela será diferente. 

Numa mistura perigosíssima de necessidades, entre elas o anseio, o mistério e a aventura, a desavisada aposta todas as fichas num picareta que não oferece nada de concreto e só a faz perder tempo. E adianta falar? NÃO. A teimosia em não abandonar a canoa furada sempre prevalece. Com água até pescoço, a infeliz insiste em acreditar na farsa que ela própria criou: Pode não parecer... glub!... mas esse homem... glub, glub!... me... glub, glub, glub!... ama. Sei.

Há situações imperdoáveis, que só mesmo uma baratinha muito tonta, mas beeeeem especial, aceita e justifica. Olha só: 


HUMOR BI... TRI... HEXAPOLAR!


Ele é lindo, gostosérrimo, um charme. Mas ninguém consegue aturá-lo mais que um dia. Só você. 

Ué, que que tem o sujeito acordar de péssimo humor, mordendo até a mãe, se lá pelas 10 se transformará num docinho de coco? Te ligará fazendo mil juras de amor e planos para suas bodas de ouro, afinal você é especial. Aí o relógio indica duas da tarde. Arriégua!... O exu-pagão encarna no moço e ele vira um sujeito calado, que mal olha para as pessoas e faz questão de não ser incomodado. Ligar para ele agora? Nem pensar, você sabe que vai falar casparede ou levar um coice bem dado. Mas também, pra quê? Lá pelas 19 horas ele vai aparecer todo pimpão, um cara super humorado e apaixonadíssimo. Tá certo que antes das 23 será possuído novamente pelo exu ou, talvez, reencarnará o Curt Cobain, tornando-se 1000% depressivo... Mas e daí? 

Nunca se esqueça de que você é especial e não serão essas latadas sistemáticas que a farão cair do salto, né? Oras, pipocas! 


INVESTIMENTO ZERO


Numa rodinha de amigas você abafa falando sobre o namorado supimpudo que arranjou. Capricha nos detalhes para que elas babem de inveja, quando é interrompida pelo toque do seu celular. Meu Deus, é ele! É ele!!! Jogadinha de cabelão pro lado e você aperta a tecla para atender... Lairi-Lailairi-Lailairão... Lairi-Lailairi-Lailairão... Ligação a cob... E-eeeeeepa! E não é que o pobre teve a pachorra de te ligar a cobrar?

Sem saber o que é pior  - a cara de satisfação das outras, vendo sua pose indo pro brejo, ou a desculpa que o miserável inventou: tô sem crédito, gata! - você tenta, a todo custo, remediar a situação. O fato do sujeito usar um pré-pago-pai-de-santo e não ter a capacidade de gastar uns pouquíssimos reais para comprar um cartão telefônico é irrelevante, lógico! Boa educação (não ligar a cobrar se não for uma emergência ou sem combinação prévia é basicão) e bala na agulha (pelo menos para pagar por um telefonema) é tudo bobagem.

Ele é um fofo, não interessa se não gasta um vintém furado com você, que, volto a repetir, é especialíssima. Nem por um segundo pare para pensar que se homem duro  - no mau sentido -  já é brochante, então imagine um durango-folgado. Besteira. Vá em frente, com você é diferente!


O ETERNO BEBEZÃO


Uma hora ou outra todo mundo pisa na bola e comete um erro. Só que, de repente, você se dá conta de que a vida ao lado do empiastro se resume a ter que perdoá-lo. Uma sacanagem atrás da outra e, embora jurando que não repetirá os erros, ele simplesmente não muda.

Catou a gostosinha da faculdade só porque foi seduzido, claro. Foi para a cama na marra, vê se pode! Afinal, ela é uma safada, isso sim. Nem de longe é especial como você. Também pegou a vizinha porque, coitada, é uma neurótica carente, nada tem a ver com sua personalidade faiscante. Te largou a ver navios no final de semana para cair na gandaia por uma razão muito simples: precisava espairecer com os amigos, uns babacas ignorantes que só servem para aliviá-lo um pouco da sua incomparável genialidade. Sacumé, né? Um trashizinho, de vez em quando, desestressa.

Perdoe mesmo, minha filha. E vá perdoando sempre, até o dia em que não precisará fazer mais nada. Justamente por considerá-la diferente e muito especial, ele sabe que você vai engolir qualquer desculpa furada e não se dará ao trabalho nem de bolar outras justificativas. Mas não leve isso a mal, por favor. Nada de achar que, se o cara chegou ao ponto de não dar a mínima pelota para os seus sentimentos, é porque está pouco se lixando para vocezinha. Ou talvez que esteja até arranjando um jeitinho de você acabar com tudo de uma vez (demorou!), coisa que a imaturidade não o permite fazer. Continue firme e forte no propósito de se considerar diferente de todas as outras, tá? É isso aí!


Enfim, há uma porção de outras coisas que só acontecem com mulheres "especiais" e "diferentes". Ludibriadas pelo senso de excepcionalidade e magia que o sedutor introduz no relacionamento, são incapazes de enfrentar a realidade nua e crua de que não recebem a consideração e respeito que qualquer pessoa normal merece receber.

Especial, de verdade, é a mulher que sabe comunicar suas necessidades logo no início do relacionamento e bota a fila para andar ao concluir que a ligação não é satisfatória. Não se apega ao sofrimento, nem a promessas vazias. E fazer a diferença significa não permitir jamais que um homem seja o centro da sua existência. Quem tem que considerá-la especial não é ele. É VOCÊ MESMA!

Ilustrações: Ceó Pontual

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Coisas do outro mundo


Adivinha quem tá falando? Duvido vocês adivinháááááá! Soieeeeeeeeeuuuuuuu... A Tââânia... Candidata a coisa nenhuuuuuma... Peguei vocêêês... Enganei vocêêês... Vocês pensô que fosse otra pessoooooooa!... Pensô que fosse o Tiririiiiiiica!... Mas soieeeeeeuuuu... A abestaaaaaada! 

"SE SUA CABEÇA TEM TITICA, VOTE NO TIRIRICA!"  :-p 

Pronto, ta aí. Atendendo a insistentes pedidos, falei sobre política. Repertório exaustiva e definitivamente esgotado.

Com o sistema nervoso ainda abalado pela crítica que o anônimo lançou sobre meu blog há dias atrás, cá estou de volta, com uma lenga-lenga diferente. Prometo que farei uso de maior proatividade daqui por diante e tentarei abordar apenas assuntos relevantes de fato, ok?

Agora o Tiririca me inspirou a falar sobre coisas do outro mundo. Graças ao horário político gratuito da TV, com mais frequência tenho feito uma coisa que adoro: ver filmes de terror. Também sou fissurada em suspense, mas gosto mesmo é de levar susto. E sou bem masoquista, porque curto ainda mais se, enquanto o filme roda, as condições estiverem naturalmente medonhas, tipo noite com temporal repleta de raios e trovões. 

Não sou encanada com assuntos sobrenaturais, mas também não significa que tenha uma coragem daquelas. Durante e um pouco depois do filme fico me cagontrolando, só de cantinho de olho diante da terrível impressão de estar sendo observada por alguém. Também passo correndo em frente à escada que leva ao andar superior da minha casa, afinal topo de escada é o lugar favorito das assombrações. E isso é um problemão, já que para me abastecer de pipoca, Coca-Cola e outras porcarias imprescindíveis a uma sessão de cinema decente, preciso passar por esse lugar. Maior adrenalina!

Mas o que realmente me chama a atenção nesses filmes é a imaginação com que as histórias são boladas. O povo inventa cada uma! Não faço questão de grandes efeitos especiais, gosto mesmo é de ver terror em situações mais próximas do cotidiano, coisa que os asiáticos fazem como ninguém. Os filmes japoneses O Grito e O Chamado, por exemplo, assim como o tailandês Espíritos, são ótimos exemplos de produções relativamente modestas, mas riquíssimas em sufoco. Esse povo de olho puxado não é de brincadeira... Japa é bicho ruim!

Outra coisa interessante é encontrar em produções trash-obsoletas atores que hoje são considerados a fina flor de Hollywood. Você poderia supor, por exemplo, que George Clooney fez uma ponta tristinha no filme "O Retorno dos Tomates Assassinos", de 1988? Na trama, o gostosão é Matt Stevens, um pizzaiolo que, traumatizado com os ataques dos tomates gigantes, resolveu fazer pizzas sem molho. Pois é... Mas também, e daí? Se Hugh Laurie, o implacável Dr. House de hoje em dia, foi o encantador papai do Stuart Little, por que Clooney não poderia ter sido um bobão que se caga de medo de tomates?

Enfim, seja na ficção ou na vida real, alguém sempre tem uma história de arrepiar os cabelinhos do cu...curuco para contar. Eu mesma já vivi algumas situações meio cascudinhas, sem explicações totalmente lógicas. Uma delas foi quando eu e o japa estivemos em Portugal, há muitos anos atrás. Das 53 cidades que visitamos, apenas em Ponte de Lima  - extremo norte do país -  não ficamos hospedados em hotel. A reserva foi marcada para uma propriedade de turismo rural chamada Quinta do Rei. Como nos atrasamos bastante nos passeios daquele dia, chegamos lá só à noite, foi até difícil de encontrar. O caminho era um tantinho tétrico, havia um matão danado e a casa ficava meio distante da cidade. Finalmente chegamos e fomos recebidos por um casal muito simpático, proprietários da casa.

Logo que a moça abriu a porta já fiquei cismadona. De cara vi um piano preto, com umas velas vermelhas nos castiçais. A casa toda era decorada com móveis bem antigos, provavelmente originais da época em que foi construída. Na sala de estar havia uma grande lareira, que estava acesa quando chegamos, o que foi ótimo, já que lá é um lugar bastante frio. Os proprietários também deixaram bolo, um vinho espetacular e frutas à nossa espera, belíssima recepção, sem dúvida, mas nem isso diminuiu a impressão esquisita que tive do ambiente. Nem preciso dizer que eu andava grudada no japa o tempo todo, né? Só ia de um cômodo pro outro se fosse de turminha.


Fomos então para o banho, primeiro eu, depois o japa. Tava um frio do cão, embora já fosse finalzinho de inverno, por isso caprichei na temperatura da água. Tomei um banho delicioso e quentinho. Aí chegou a vez do japa... Cadê que a água esquentou? O rapaz fez de tudo, mas não teve jeito, tomou um banho glacial. Pensamos que o sistema de aquecimento talvez tivesse alguma limitação para uso e, por isso, combinamos que seríamos mais rápidos nas próximas vezes. Assim, no dia seguinte, o japa foi tomar banho primeiro. Gelo de novo, nada da água esquentar. Lá fui eu, tentando me conformar com um banho de provocar parada cardíaca. Foi abrir a água e pronto, tudo quentinho. Ficamos nessa casa durante três dias e o tempo todo isso se repetiu: água quente para mim e cubos de gelo pro japa.

Desencanamos dessa história e continuamos o passeio, maravilhoso por sinal. Aquilo que a princípio eu imaginava ser um matão, eram as quintas de uva, maravilhosas, paisagem que me tirou o fôlego logo que abri a janela na manhã seguinte:


Não fosse pelo fato da água não esquentar com o japa, nossa estadia por lá foi bastante tranquila e nada mais de esquisito aconteceu. Prosseguimos com nossa viagem e, ao todo, visitando diversas cidades de Portugal e da Espanha, fizemos 536 fotos. Naquela época ainda não havia câmera digital (como sempre enfatizo, SOU VELHA) e precisei revelar os filmes. As fotos ficaram lindas, mas apenas uma apresentou um defeito: 


Este é o quarto que ocupamos na casa de Ponte de Lima. Ninguém consegue explicar a mancha que aparece na cabeceira da cama, que está também no negativo da foto. Já mostrei a fotógrafos bastante experientes, que examinaram o negativo e a foto ampliada, não chegando a nenhuma conclusão, até porque o reflexo do flash da máquina se mostra diferente quando aparece em outros lugares da mesma imagem. Minha cunhada, que também é médica e, portanto, bem mais cética do que crente, mostrou a foto para uma amiga meio guru. Levou apenas essa da mancha na cabeceira da cama. Na análise da moça, a gente não precisa se preocupar com isso não, bobagem. Trata-se apenas do casal, antigos moradores da casa, que veio nos dar as boas-vindas. Ué, como assim? Que casal? Aí é que fui olhar atentamente as outras fotos feitas na casa... Veja quem é que está no quadro, logo acima do piano preto!... Pior (ou muuuuito melhor) é que o babado era com o japa, que foi quem dormiu nesse lado da cama. Creeeedo!!! 

Algumas pessoas juram que conseguem exergar dois rostos na mancha. Aliás, quem me alertou sobre isso, mesmo sem saber da conclusão da guru, foi meu filho, um sujeito praticamente ateu e duríssimo na queda. Observando com atenção a foto original, eu mesma também vejo. Olhe bem... Você encontra alguma coisa? 


⊙︿⊙!!!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Uma questão de estilo


"Vejo que seu blog é expressivo e vc tem leitores fiéis. Vc não acha que nessa época pré-eleitoral seria melhor abordar questões menos frívolas e discutir um pouco sobre política? Como comunicadores os blogueiros têm alguma responsabilidade social. Gostaria de saber sua opinião sobre o cenário político que se apresenta."

Este foi um comentário que recebi na postagem anterior. Isso me fez pensar, pensar, pensar... Decisivamente me inspirou. Agora falarei sobre moda.

O assunto me ocorreu depois que vi uma reportagem sobre esmaltes e achei engraçado quando um entrevistado, estupefato, afirmou: "minha filha usa esmalte azul! Fiquei preocupado com isso"

Uma coisa que admiro demais nas pessoas é a coragem de criar  - e exibir - um estilo próprio, algo que jamais consegui. Sou chocha para me vestir, não fujo do básico jamais. Me considero uma bela de uma cagona  - no sentido figurado, tá? Porque ao pé da letra, nem Lactopurga me salva -  e tenho horror a me destacar, sempre prefiro passar batidinha por aí. 

O problema é que não desisto nunca de tentar. Assim, não são raras as vezes em que compro roupas que acabo doando, sem jamais ter usado uma única vez. Que complicação!

Acho que para se conseguir definir um estilo é preciso, antes de tudo, conhecer-se plenamente e sentir-se totalmente à vontade com isso. Aí é que a porquinha torce o rabo... Após anos e anos de análise, até hoje ainda me desconheço com certa frequência. Assim, qual é o meu estilo? Sei lá!

Tem dia que estou para um pretinho básico, no outro acho que arrasaria num vermelhão (mas vou de pretinho), já algumas vezes penso em mandar a inibição pro inferno e... Bom... Dá-lhe pretinho de novo!

A grande verdade é que sou dura na queda, isso sim. Dificilmente algo me influencia  - teimosia típica dos capricornianos - e sempre dou preferência a me sentir bem comigo mesma. Não me importa se tal grife é o must do momento, se na próxima estação esmalte da cor flicts será a febre, enfim nada me move a ser quem não sinto que sou. Mas não critico quem é assim, que fique bem claro. Volto a dizer que, muito pelo contrário, adoro ver ousadia nas pessoas, especialmente nas mulheres, que, no fim das contas, acabam se produzindo para que outras mulheres as vejam. Sim, porque na real, mesmo, homem gosta é de ver mulher tirando roupa, não vestindo, né?  Simples assim.
  
Aliás, acho que hoje em dia a moda é ser eclético. Me parece que tudo é permitido, ninguém está muito preocupado em seguir tendências determinadas, o que é ótimo. Há espaço para todos.

Então, caro leitor anônimo, não me interessa se a época é pré-eleitoral, nem mesmo se minhas postagens provocarão um crash na Bolsa de Wall Street... Continuarei abordando SÓ o que me der na telha. Sexo, política e religião, simplesmente não discuto.  

Frivolidades do dia a dia, essa é a ideia. Sou a dona do cafofo ou não sou? Essa é boa! 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ÓDIO DE MIM!!!



Ontem, quando cheguei em casa na hora do almoço, resolvi não colocar o carro na garagem, mesmo sabendo que não sairia novamente. É que a moça da limpeza ia dar um tratinho no chão. 

Não passou muito tempo e a moça me chamou no escritório:

- Tânia, tem uma braço-duro aí na frente te chamando... Disse que bateu no seu carro e quer que você dê uma olhada. 

Meu coração quase saiu pela boca. Cacete, meu carro é novinho, ainda nem fiz a primeira revisão! E sou enjoadíssima nesse quesito. Tanto que meu filho até mudou de ideia outro dia, quando pegou o carro emprestado e pensou em me ligar pra aplicar uma pegadinha. Ia dizer que testou os air-bags. Ah, maledeto!...

A moça que bateu no carro foi logo explicando:

- Olha, dei uma encostadinha no seu retrovisor e ele foi pra dentro, mas não estragou nada. Quero que você dê uma olhada, senão pode acontecer alguma coisa depois e vão achar que fui eu. 

A anta aqui foi conferir e olhou SÓ o retrovisor, que, de fato, estava intacto. Assim, nem peguei nenhum dado da moça, pra quê, né? 

Hoje pela manhã, ao sair, o japa deu meia-volta e retornou querendo saber o que tinha acontecido com o carro. Quando olhei, não acreditei: estava um pouco amassado e com a pintura riscada na parte baixa da lateral dianteira. Taqueopariu, e eu não vi!!!

Comecei o dia ouvindo sermão da montanha e furiosa com o estrago. Como pessoa equilibradíssima que sou, minha vontade foi de cortar os pulsos e escrever com sangue na parede de casa: 



Felizmente meu instinto investigativo de jornalista continua perfeito e encontrei a moça, que imediatamente se prontificou a arcar com as despesas do conserto. Nem ela tinha percebido que houve a avaria. Surpreendentemente me ofereceu até o próprio carro para que eu utilize durante a funilaria do meu. Não é que ainda há gente honesta nesse mundo? E também não é que tem burra rabuda, que não vai precisar enfiar a mão no bolso, mesmo depois de ter concordado que não tinha acontecido nada? Ufa!

 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Minhas ilustrações


Depois que desenhei a criaturinha nefasta na postagem anterior, me pediram para mostrar outros trabalhos. Não sou uma profissional da área. Com exceção de logotipos, faço ilustrações apenas como hobby, porque meu melhor passatempo é desenhar. Isso, para mim, é uma excelente terapia.

Em 1995 conheci o Corel Draw, um software fantástico para criação de ilustrações vetoriais e, desde então, venho tentando me aperfeiçoar na aplicação do montão de ferramentas que o programa oferece.

Eis alguns dos meus trabalhos, incluindo a ilustração aí de cima (que é uma das minhas prediletas):

PESSOAS REAIS

Elaine, minha irmã:


















 







Cilmara, uma amiga beeeeem perua:





















Rose, uma amiga beeeeem bicho grilo... E beeeeeeem chata... E beeeeeeem cavaluda:



















Eu (no centro), acompanhada das amigas Cil e Jô:


















Lilian e Fábio:


























Minha dentista na companhia de um cliente sem noção (veja postagem sobre isso aqui):






















DIVERSAS




















 



































LOGOTIPOS

















Para o Centro de Estética Animal PET CLEAN:
















Para o centro de estética feminina BIOFIT:



  







Pronto. E como diria minha querida amiga Cintia, sudaí!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Meu pequeno nerd


Sexta passada meu filho chegou contando um episódio que ocorreu no trabalho dele. Disse que surgiu um problema num sistema que ele e o chefe desenvolviam, quando o sabidinho apresentou uma solução meio insólita, que acabou dando certo. Até aí, tudo bem. O que me surpreendeu foi que se referiu a isso assim:

- A gente nem acreditou. Dei uma solução empírica para um problema racional e funcionou! Hahahahahaha!!!

⊙︿⊙

Taquelavida!... Piada de nerd é fo...guete!

Depois dessa parei pra pensar que ainda não apresentei essa figurinha direito por aqui. Já falei dos meus cães, do japa, de tanta coisa, mas cadê que mostrei minha mais importante criação nessa vida? Talvez porque o sujeito seja meio enjoadinho e já alertou que textos a seu respeito necessitam de autorização prévia. Bom, ele até que está cert... Ah, quer saber? Dane-se. Sou a mamãe! Mamãe SEMPRE tem razão. Então, vou escrever e pronto. Quero ver se o cabra tem as manhas de me processar.

Bem, o que dizer dessa personalidade absolutamente peculiar? Primeiro, que é meu filho predileto. Também não há escolha, o neguinho é filho único. André tem 25 anos e além de ser diabético desde os três, também é parcialmente daltônico (genética espetacular a minha. Acho que vou doar alguns óvulos para fertilizações in vitro, que tal?). Ao probleminha do daltonismo, junta-se o fato de que ele é um cara totalmente desencanado em relação ao próprio figurino. Então, não é raro vê-lo se transformar num arco-iris, saindo de camiseta vermelha, bermuda verde, meis cinzas e tênis preto, por exemplo. Felizmente aceita pitacos e até que eu mesma compre suas roupas, agora mais neutras, pra não ter erro. Afinal, como clone do Tiririca é que o pobrezinho não pega ninguém, né?

Espaçoso, adora uma... duas... três... milhões de bagunças. Como um tornado, não deixa pedra sobre pedra por onde passa. Isso me preocupou bastante quando, há dois anos atrás, foi morar  mais próximo da USP, onde estuda. Divide o apartamento com mais cinco amigos, iguaizinhos a ele, pelo jeito. Um dia pedi que ele me levasse lá pra conhecer o ambiente. Fui disposta a ajudá-lo na arrumação das próprias roupas. Logo que abriu a porta tive a sensação de estar visitando as ruínas do World Trade Center. Jisuizinho Cristinho, que zona! Nem preciso dizer que foi uma visita relâmpago, né? Aquilo não tem solução não, minha gente! Nem empírica. 

Entre suas inúmeras características, uma se destaca: é o maior fura-olho que conheço. Há uns dias atrás sonhei com um doce que já fazia um bom tempo que não comia. No meio da chuva e do friozão que fazia, lá fomos eu e o japa pra doceria providenciar a iguaria. Levei pra casa diversos doces, entre eles o que eu tanto desejava. Resolvi comer mais tarde e deixei o pacote sobre a mesa. Horas depois, quando fui sequinha cair de boca no tão sonhado doce, fui surpreendida por um furto. O formigão abriu o pacote e comeu justo o doce que eu queria! Fala sério, era ou não era pra eu ter deixado esse infeliz na roda dos enjeitadinhos logo que nasceu?! 

Mas eu não seria justa se não contasse também que o fulaninho, embora todo metido a durão, tem um coração gigante. É atencioso com todo mundo (menos com a mamãe... Tsc!) e me enche de orgulho quando é elogiado pela educação que tem. Ai, ai... É do tipo que cede lugar para idosos em ônibus e convive bem com qualquer um, sem preconceito de espécie alguma. Ai, ai... É inteligente pra caramba e tem umas tiradas geniais. Enfim, é um cara bem legal. E, modéstia à parte, é um gatinho também, olha só: 


Pra finalizar, agora vou atender a um pedido insistente que ele vem me fazendo já faz tempo. Depois de me ver desenhando várias pessoas, ele pediu que eu o desenhasse também. Uma característica dos meus desenhos, em geral, é o toque sensual que coloco nas figuras. Então, certamente ele gostaria de se ver gostosão, fortão, o comedor da parada. Mas só que...


Ah, Andrezinho, não tem jeito... Mãe é mãe! E quando penso em você, te imagino assim: às vezes um anjinho, são paulino (sempre!), um tanto emburradinho, o maior bebedor de Coca Zero do planeta e bagunceiro até não poder mais. E não me importa seu bigodinho de Cantinflas, nem a barbicha feiosa que você, às vezes, insiste em deixar nessa carinha... Pra mim, você será eternamente um menino. 

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

De mal com a Internet


Oi povo! Perdão pelo sumiço, mas é que eu e a Internet estamos dando um tempinho na relação. Cheguei à conclusão que preciso aprender a usar isso aqui de forma mais light, sem muito comprometimento. Então, o melhor é ir levando assim mesmo: aparecer só quando me der na veneta.

Não é de agora que o mundo virtual vem me causando um certo desconforto. Percebo que não me encaixo bem numa porção de situações e isso me incomoda. Eis aí o grande problema: acho que encanação não combina nada com virtualidade. Já bastam os problemas que a vida real traz pra gente, né não?

Quer ver como sou uma bitolada de pedra? Por mais que eu tente, não consigo entender a lógica dos sites de relacionamentos. Oras, como a própria denominação estabelece, sempre achei que um site de relacionamento existisse pra gente se relacionar! Mentira, não é assim. Existe, em grande parte das vezes, apenas para a manutenção de "panelas", para botar lenha na fogueira das vaidades ou para caçadas furtivas.

Veja o Orkut, por exemplo. Quanto mais recursos para preservação da privacidade são criados, mais ele se torna inútil, na minha opinião. Entendo perfeitamente a necessidade de se prevenir em relação à má fé de uns e outros. Mas para que me serve ter uma página, cujo acesso só está aberto às pessoas que já me conhecem? Pessoas da minha convivência rotineira não precisam de Internet para se comunicar comigo. Sabem onde moro, têm meus números de telefone, enfim, se encontram comigo quando quiserem. Se entrei naquela bagaça foi pra conhecer gente nova, né? Dããããã!...

Infelizmente a falta de bom senso faz com que o objetivo do site seja totalmente desvirtuado. Caramba, como tem gente sem noção nesse mundo! Pessoas que escancaram a mais sombria intimidade com fotos pateticamente comprometedoras, gente que se apropria de materiais alheios numa boa, outros que usam o espaço para lavar "roupa suja", uma desgraceira só.

E aqueles que se dizem "amigos" e abusam da sua boa vontade? Se tem uma coisa que me enlouquece é ver fotos minhas em álbuns alheios sem minha autorização. A sacanagem, em geral, é latente. A amiguinha da onça sempre escolhe as piores fotos, onde os ângulos acentuam rugas, queixo duplo, bigode chinês, celulite, gordura localizada e toda série de infortúnios que o tempo, esse vilão, traz para uma mulher.  Num guento não!

Sem contar com pessoas que jamais se dignam a trocar uma palavrinha sequer com você e vivem de enviar mensagens automáticas. Olha, não me importo de recebê-las, sério mesmo  - embora prefira que se dirijam a mim, é claro. Juro que me esforço ao extremo para entender o porquê disso e simplesmente não consigo. Qual o sentido de mandar a mesma coisa pra todo mundo? O que se espera em troca? O pior é que esperam retorno sim, porque muitos ameaçam excluir os "amigos-fantasma" de suas listas. Caracoles, o coitado que recebeu uma coisa sem a menor exclusividade e para a qual não há resposta viável é que é a assombração? Fala sério!

Tentei migrar para o Twitter e também não me agradou. Como é notório, meu poder de síntese é péssimo e não consigo me comunicar contando caracteres, 140 para ser mais exata. Além do mais, o que vi ali não me atraiu nadinha. Do que me interessa saber se a Sandy comeu picanha ontem à noite? E, pasme, essa informação enriquecedora por parte da enjoadinha rendeu mais de 40 mil comentários! Posso com isso? Me apedrejem se quiserem, mas acho aquilo uma babação de ovo só.

Agora, o supra-sumo da inutilidade, da falta de noção mais abominável, para mim, é o Beautifulpeople. Trata-se de um site sueco, que chegou ao Brasil em outubro do ano passado e só permite o ingresso de gente bonita. É isso mesmo, quem é feio toma rodo! Com alguns milhares de membros, o site já rejeitou a participação de mais de dois milhões de internautas de diferentes países.


Se você se acha uma delícia, não perca essa excelente oportunidade. Se inscreva imediatamente, mandando uma foto sua para ver se será ou não aprovada pelos bonitões de plantão. Sua foto será analisada por integrantes do sexo oposto durante 48 horas e, só então, se você for mesmo linda/o de morrer, poderá participar desse site sen-sa-cio-nal. É a glória!!!

O site possibilita acompanhar o processo de votação da foto enviada, é diversão garantida. Há uns meses atrás, quando soube da existência dessa maravilha, resolvi fuçar melhor e, para criticar com conhecimento de causa, testei minha participação por lá. Nas primeiras 24 horas  - o tanto que aguentei ficar vendo aquilo - eu estava sendo rejeitada, com apenas 48% de votos favoráveis. Em resumo, para os lindões do pedaço, até aquele momento fui considerada uma mocréia. Gente miserável! Eu sou bonita sim, tá? Minha mãe falou! Falou nada. E eu que achava que já tinha visto de um tudo nessa vida!

Então, é assim. Por enquanto, ando meio de mal com a Internet. Tô muito chata, boba, mal-humorada, vazia... É só uma fase, vai passar (espero).